Lira defende sistema eleitoral: "Não posso dizer que não funciona"
Presidente da Câmara lembra que, desde a implantação das urnas eletrônicas, foi eleito para seis mandatos
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), saiu em defesa do sistema eleitoral brasileiro nesta terça-feira e afirmou que as urnas eletrônicas são confiáveis. O deputado comentou que a ferramenta pode até precisar de ajustes, mas frisou que não há motivo para duvidar da credibilidade e segurança do aparelho de votação.
“Eu fui eleito nesse sistema durante seis eleições e não posso dizer que esse sistema não funciona. O sistema é confiável. Precisa de ajustes? Precisa. Mas é importante que tenhamos tranquilidade política no pleito. E nós haveremos de ter”, declarou Lira, durante uma conferência promovida pelo banco BTG Pactual em Nova York.
O deputado ainda comentou que as eleições deste ano devem ser marcadas por uma forte polarização entre os eleitores, mas disse esperar que isso não seja motivo para que o sistema eleitoral seja contestado. “A polarização vai se dar no momento específico da eleição. O povo vai escolher, sem eufemismo de dizer que aquela urna presta e que aquela não presta".
No seu discurso, Lira ressaltou a importância dos partidos de centro para a política do país. Segundo ele, “o centro é o regulador da política nacional e mantém o equilíbrio do Brasil de não virar uma Argentina de ocasião”. “(Na Argentina) quando se elege um governo, todo mundo parte em defesa daquele governo, sem criticar erros e sugerir acertos. O centro (no Brasil) tem feito essa moderação nacional e tem tido uma responsabilidade muito forte no equilíbrio dos extremos em Brasília”, opinou.
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“Nós sempre priorizamos e lutamos para que os Poderes se autocontenham, para que fiquem restritos às suas esferas institucionais, para que o Brasil funcione plenamente como democracia estável, como democracia forte, com instituições fortes e que tenham um encaminhamento de qualquer que seja o resultado desse pleito de 2022”, acrescentou.
Para o presidente da Câmara, as bancadas eleitas para o Congresso neste ano serão, na maioria, de partidos de centro-direita. Ele fez essa avaliação por conta do crescimento de partidos como PL, PP e Republicanos durante a última janela partidária. “Formamos, hoje, em torno de quase 300 parlamentares. Seja qual for o presidente eleito do Brasil em outubro deste ano, o Congresso será reformista, liberal, de centro-direita, que dará um rumo para que o Brasil continue no caminho das transformações necessárias que a população exige e precisa".