Simone Tebet minimiza dificuldades na terceira via na disputa à presidência

Simone Tebet minimiza dificuldades na terceira via na disputa à presidência

Durante agenda em Porto Alegre, a pré-candidata emedebista reafirmou que partido terá candidatura

Flavia Bemfica

Simone Tebet concedeu coletiva ao lado de lideranças do MDB gaúcho

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A pré-candidata do MDB à presidência da República, senadora Simone Tebet (MS), reafirmou nesta quinta-feira em Porto Alegre, que o MDB tem pré-candidatura e depois terá candidatura própria na corrida nacional. Ela também descartou a possibilidade de ser vice na chapa do bloco que o MDB tenta viabilizar com o PSDB e o Cidadania, como forma de diminuir o número de candidatos entre siglas que se identificam como de centro e centro-direita (o União Brasil abandonou o projeto).

Tebet minimizou as dificuldades de entendimento no sentido de apresentar um candidato único das diferentes legendas, e projetou a possibilidade de que as definições de fato só ocorram com as convenções partidárias, que ocorrerão entre 20 de julho e 5 de agosto. “Temos esperança de que até o dia 18 conseguiremos convencer o pré-candidato João Doria (PSDB) de que somos o melhor nome. Se não for dia 18, não vamos desistir. Vamos trabalhar até o dia 30 e, se não for isso, até a convenção. Muita água tem ainda para rolar e o projeto e o processo eleitoral estão apenas começando. Somos convergentes no que é mais importante: apresentar alternativas para o eleitor”, assinalou.

A senadora também desvalorizou o apoio de lideranças emedebistas à pré-candidatura do ex-presidente Lula (PT). “Você consegue lembrar o nome de cinco pessoas que não queiram minha pré-candidatura à presidência? São três e são sempre os mesmos. Não temos unanimidade do partido, mas temos maioria absoluta. Mais de 90% do diretório”, respondeu a um dos jornalistas durante a coletiva realizada na sede estadual do MDB.

Sobre a negativa em integrar a chapa na condição de vice, Tebet adotou um tom enfático, destacando que se prepara para ser candidata à presidente, e justificou com um aceno expresso ao eleitorado feminino, que é maioria no país. “Se dentro da frente democrática outro nome surgir, terá o meu apoio, mas eu não serei vice. Abrir mão de ser candidata tendo mais ou menos o mesmo índice de intenção de voto e sendo a pré-candidata com a menor rejeição, ser preterida, me faz estar neste palanque, mas abro espaço para que outras pessoas estejam na foto. Não posso desmerecer as mulheres só para dizerem que têm um santinho com alguém que usa batom ou saia.”

Com um discurso ‘redondo’ de pré-candidata, Tebet, em diferentes momentos, reforçou a tese de que o eleitor precisa ter opção para a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula. Citou Lula e as administrações petistas de forma mais aberta. “Temos um candidato que se apresenta e teve 20 anos para fazer a diferença no Brasil. Avançou? Óbvio. O Brasil é um país rico. Mas avançou de forma permanente?”. À Bolsonaro, endereçou referências para as quais usou o próprio partido. “O MDB é um partido que ama a democracia, e sempre lutou pela liberdade de imprensa, pelo direito de ir e vir, pelo fortalecimento das instituições, a harmonia entre os poderes e a soberania popular.”

Em Porto Alegre, a senadora cumpriu roteiro de pré-candidata. Visitou o prefeito Sebastião Melo e o ex-senador Pedro Simon, almoçou no Mercado Público e participa de um jantar com o pré-candidato do MDB ao governo do Estado, Gabriel Souza, e lideranças emedebistas. Durante a tarde, foi à feira South Summit e visitou o governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Durante a coletiva, adiantou que até o final de junho retorna ao RS.


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