Bolsonaro pede ajuda à OMC para garantir compra de fertilizantes russos
Chefe do Executivo reuniu-se com Ngozi Okonjo-Iweala, que pediu ao Brasil que continue com a exportação de produtos e alimentos
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou, nesta segunda-feira, ajuda da diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, para blindar os fertilizantes de sanções impostas à Rússia por causa da invasão à Ucrânia e, assim, garantir acesso aos produtos no mercado.
"Pedimos a intervenção (de Ngozi Okonjo) para que possa considerar a ideia de liderar uma iniciativa que permita o livro fluxo desses fertilizantes para que a situação de sanções e embargos aplicados à Rússia não impeça o livre trânsito desses produtos", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
Em contrapartida, o ministro relatou que a diretora-geral da OMC pediu para que o Brasil continue a exportar eventuais estoques reguladores de alimentos para demais países, "para contribuir com aquilo que nós achamos que possa ser uma escassez de alimentos no mundo".
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França argumentou que, "mesmo nas horas mais difíceis da pandemia, o nosso agronegócio manteve os compromissos internacionais" e, portanto, "os contratos foram mantidos e honrados". O ministro destacou que o mesmo deve continuar a ser feito, mas que o Brasil necessita de acesso aos insumos.
Na reunião, o chefe do Executivo afirmou a relevância do Brasil à OMC e ao comércio internacional no setor e reiterou o destaque dos produtos e insumos agrícolas, como fertilizantes, para assegurar a segurança alimentar mundial.
"Conversamos sobre a manutenção do fluxo de comércio de fertilizantes e seus preços cada vez maiores, o que pode afetar a segurança alimentar em muitos países do mundo", escreveu Bolsonaro no Instagram. "A política do fica em casa que a Economia a gente vê depois, com a qual fomos contra, trouxe inflação e algum desabastecimento no mundo todo", completou.