Dia do Exército: Bolsonaro diz que eleição não pode ter "manto da suspeição"
Afirmação foi feita nesta terça durante cerimônia em Brasília ao lado dos presidentes Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luiz Fux
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Em cerimônia para comemorar o Dia do Exército, celebrado nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a segurança das urnas eletrônicas, alfinetou chefes de outros Poderes e afirmou que as Forças Armadas têm participação na garantia da lei e da ordem.
"Tenho dito que a nossa preocupação é com o cumprimento da Constituição, com o bem-estar de todos, com a paz e a harmonia. E todos sabem, presidentes Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, que a alma da democracia repousa na tranquilidade e na transparência do sistema eleitoral", afirmou. “Não podemos jamais ter eleições no Brasil que sobre ela paire o manto da suspeição. E esse compromisso é de todos nós, presidentes dos Poderes e comandantes das Forças”, completou.
Na sequência, Bolsonaro disse esperar que o pleito eleitoral deste ano ocorra no ritmo normal e destacou que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral, convidou as Forças Armadas para participar do processo.
O presidente é crítico costumaz de Barroso e de outros dois ministros (Alexandre de Moraes e Edson Fachin), além de atacar constantemente a segurança das urnas eletrônicas.
O presidente destacou, ainda, que as Forças Armadas “não dão recado” e, sim, “estão presentes”. "Sabem como proceder, sabem o que é melhor para seu povo e seu país. Elas têm participação ativa na garantia da lei e da ordem, da soberania e do regime sobre o qual o povo quer viver. E nós sabemos que esse regime, acima de tudo, está a nossa liberdade".
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374 anos do Exército brasileiro
As declarações foram feitas em cerimônia militar em comemoração ao Dia do Exército - a data marca os 374 anos da instituição. No evento, ocorreu também a imposição da Ordem do Mérito Militar e da Medalha Exército Brasileiro.
Em comunicado, o comandante do Exército, general Marco Freire Gomes, defendeu que a Força é, nos momentos decisivos, a garantia da soberania e a independência de um povo. O final do documento leva o lema adotado por Bolsonaro: Brasil acima de tudo.
“Lembremos que as Forças Armadas são um bem inalienável da Nação e vetor dissuasório imprescindível, no concerto internacional. O cidadão, ao respeitar e valorizar seus soldados, em essência, está investindo na garantia de seu bem maior, a sua liberdade”, afirma.
Participaram da cerimônia os presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, Luiz Fux, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, respectivamente. Além dos comandantes da Marinha e da Aeronáutica.