"Tem gente que quer que eu morra e fica me enchendo o saco para eu tomar vacina", diz Bolsonaro
Declaração foi feita nesta quinta pelo chefe do Executivo, crítico recorrente dos imunizantes contra Covid-19 e da ciência
publicidade
Em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro, de 67 anos, voltou a criticar, nesta quinta-feira, a imunização e os comentários que ouve para se vacinar contra a Covid-19. "Eu tenho que estar no meio do povo. Inclusive, [Marcelo] Queiroga [ministro da Saúde]. O problema é meu, a vida é minha. 'Olha, não tomou vacina.' Pô, tem gente que quer que eu morra e fica me enchendo o saco para eu tomar vacina. Deixa eu morrer", afirmou.
A declaração foi feita no evento que marcou a saída de nove ministros do governo, que deixam os cargos com vistas às eleições de outubro deste ano, e a posse dos novos titulares.
Diversos ministros, como o da Saúde, Marcelo Queiroga, já se manifestaram publicamente a favor de que Bolsonaro se vacine contra a Covid-19. “O senhor [Bolsonaro] está bem, mas precisa se vacinar”, disse o titular, em live junto com o presidente realizada no final do ano passado.
Veja Também
- Bolsonaro dá posse a novos ministros do governo
- Bolsonaro exalta ditadura, sai em defesa de Silveira e critica STF
- Bolsonaro exonera Alexandre Ramagem do comando da Abin
Na cerimônia, em tom crítico e com o uso de palavrões, Bolsonaro exaltou obras e políticos da época da ditadura militar (1964-1985) no Brasil, data que marca 58 anos, saiu em defesa do deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ) e criticou mais uma vez ministros do Supremo Tribunal Federal.