Carlos França conversa com secretário dos EUA sobre invasão russa na Ucrânia
Autoridades falaram também sobre tratamento do tema na ONU
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O Ministério das Relações Exteriores informou que o ministro Carlos França conversou por telefone, nesta sexta-feira, com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sobre a invassão russa na Ucrânia.
"O ministro Carlos França recebeu hoje telefonema do Secretário de Estado dos EUA, @SecBlinken. Debateram a grave crise de segurança na Ucrânia e o tratamento do tema no Conselho de Segurança da ONU", escreveu o ministério nas redes sociais.
O Ministro Carlos França recebeu hoje telefonema do Secretário de Estado dos EUA, @SecBlinken. Debateram a grave crise de segurança na Ucrânia e o tratamento do tema no Conselho de Segurança da #ONU. 🇧🇷🇺🇸 pic.twitter.com/FhRZq0ycj2
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) February 25, 2022
De acordo com a pasta, os ministros "discutiram o que é possível fazer para encerrar as operações militares em curso, restaurar a paz e impedir que a população civil continue a sofrer as consequências do conflito".
O governo de Vladimir Putin ordenou uma ação militar na Ucrânia, nas áreas separatistas que ele já havia reconhecido como áreas independentes. A Ucrânia, no entanto, fala em invasão total. Segundo o presidente Volodmir Zelenski, o saldo total do primeiro dia de ataque foi de 137 mortos, entre soldados e civis, e 316 feridos.
Na última quinta-feira, França havia dito que o governo federal montará um plano de contingência para resgatar os brasileiros que vivem na Ucrânia, mas que essa operação só será realizada mediante condições adequadas de segurança.
O presidente Jair Bolsonaro escreveu, nas redes sociais na última quinta-feira, que está "totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia". Segundo o mandatário, existem, atualmente, cerca de 500 brasileiros no país, que sofreu o ataque considerado mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
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Invasão russa da Ucrânia
Na manhã dessa quinta-feira, o presidente Vladimir Putin anunciou que autorizou uma operação militar no leste da Ucrânia. Em pronunciamento, o russo afirmou que a ação visa desmilitarizar o país vizinho, mas não ocupá-lo. De acordo com Putin, a operação quer proteger a região separatista de Donbas. Apesar da declaração do presidente russo, correspondentes de agências internacionais relatam diversas explosões na capital ucraniana, Kiev.
Putin advertiu, ainda, que aqueles que "tentam interferir devem saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências que nunca conheceram".
Em resposta à invasão, o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, decretou lei marcial no país. Pela decisão, o governo substitui todas as leis e autoridades civis por leis militares — a medida normalmente é implantada em reação a cenários de extremo conflito e a crises civis e políticas.
Zelenski comparou, também, as ações de Putin na Ucrânia com as da Alemanha nazista contra os judeus na 2ª Guerra Mundial. Além disso, o presidente incentivou a população a sair às ruas com armas para defender o país.