Governo espera condições seguras para retirar brasileiros da Ucrânia
Ministro diz que governo quer retirar brasileiros da zona de conflito e montará plano de resgate, mas vai esperar momento adequado
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O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse nesta quinta-feira que o governo federal montará um plano de contingência para resgatar os brasileiros que vivem na Ucrânia, mas que essa operação só será realizada mediante condições adequadas de segurança. Ao longo desta quinta, a nação do leste europeu sofreu diversos ataques de tropas militares russas, que invadiram o território ucraniano por ordem do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
“Nós já estamos elaborando um plano de contingência para a retirada desses cidadãos brasileiros. Nós não podemos soltar os detalhes ou anunciar com muita antecedência, mas ele envolve contato com países vizinhos, como Polônia e Romênia, e negociação intensa com autoridades ucranianas, que têm o controle do território”, detalhou o ministro, em live nas redes sociais com o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, é necessário um momento mais seguro para que seja possível garantir que o trajeto dos brasileiros a algum país vizinho à Ucrânia ocorra de maneira ordenada.
“Não estamos deixando de lado nenhuma possibilidade. Estamos analisando comboios terrestres, por ferrovias ou rodovias. Há um consulado honorário do Brasil em Lviv, que está trabalhando conosco nessa questão de montagem do plano. Com base nisso, esperamos dar em breve uma boa notícia”, destacou França.
O ministro prometeu que o governo vai reforçar o corpo diplomático brasileiro em Kiev, capital da Ucrânia, e em países próximos para melhorar o suporte aos cidadãos brasileiros que estão lá. “Vamos mandar reforços às embaixadas para que possamos atender o cidadão brasileiro que buscar nosso apoio”, disse. França pediu que todos tenham paciência e busquem se afastar das zonas de ataque.
“Tenham um pouco de paciência. O importante é ficar em segurança, onde haja acesso, alimento e água, e em contato com a Embaixada. Dadas as condições [de segurança] e montado o plano de contingência, nós vamos começar de maneira ordenada a fazer retirada desses brasileiros”, prometeu o chanceler.
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