Kassab admite que, se Pacheco recusar, Eduardo Leite pode ser candidato do PSD
Segundo Kassab, há expectativa de que o candidato tenha "independência" em relação ao presidente Jair Bolsonaro
publicidade
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pode ser candidato ao Palácio do Planalto pelo partido, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), decida não entrar na disputa. O gaúcho, que perdeu as prévias tucanas para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi convidado para se filiar ao PSD.
"Pode ser Eduardo Leite, sim. Ele tem condições, tem pré-requisitos para ser candidato, é jovem, é respeitado, já mostrou que tem vontade de ser presidente da República, tem uma aliança com o PSD em seu Estado, o Rio Grande do Sul", afirmou Kassab nesta quarta-feira, durante evento de filiação do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, ao PSD.
Segundo o ex-prefeito de São Paulo, há uma expectativa de que o candidato do partido à Presidência tenha "independência" em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL). "Nós não iremos caminhar com esse governo. Então, o Eduardo, assim como o Rodrigo, tem essa posição", afirmou.
O PSD aposta na candidatura de Pacheco ao Palácio do Planalto, mas, como mostrou o Broadcast Político, o senador avalia desistir da corrida presidencial e focar na eleição para o comando do Senado em fevereiro de 2023.
Durante o evento de filiação de Ramos, Kassab disse que Pacheco tem "cara de presidente da República", mas o senador reiterou que nunca falou em pré-candidatura à Presidência.
"O partido tem a legítima pretensão de eu ser candidato a presidente e fico muito lisonjeado e muito honrado do partido sempre lembrar do meu nome, mas não há uma pré-candidatura formalizada", disse Pacheco no evento de filiação.
Veja Também
- Bolsonaro critica "política de separar nortista de sulista"
- Faria nega briga com Marinho sobre disputa ao Senado pelo RN
De acordo com Kassab, o prazo para que o presidente do Senado tome uma decisão é o fim da janela partidária, no começo de abril. "Eu, pessoalmente, torço muito para que ele aceite esse convite para ser candidato, porque, realmente, ele está à altura da disputa, irá qualificar a disputa e pode vencer as eleições."
Enquanto isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta atrair o apoio do PSD para sua candidatura à Presidência no primeiro turno. No evento de filiação de Ramos, Kassab disse que se reuniu com o petista na segunda-feira, 7, e evitou descartar uma aliança com o PT já na primeira etapa da eleição.