Bolsonaro critica "política de separar nortista de sulista"

Bolsonaro critica "política de separar nortista de sulista"

Chefe do Executivo discursou em cerimônia realizada em Jucurutu, no Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira

R7

Bolsonaro visitou obras de transposição do Rio São Francisco, no Rio Grande do Norte

publicidade

Em visita às obras de transposição do Rio São Francisco no Rio Grande do Norte, o presidente Jair Bolsonaro criticou o que chamou de "velha política de separar nortista de sulista". O discurso foi realizado nesta quarta-feira, durante cerimônia realizada em Jucurutu (RN), quando ele também aproveitou para enaltecer a região e comentar a gestão da pandemia no Brasil.  

"A minha esposa é filha de um cabra da peste, de um cabeça chata, de um cearense. Em consequência, a minha filha tem em suas veias também sangue de nordestino", disse. Bolsonaro afirmou que é uma satisfação estar no Nordeste, onde realiza uma série de viagens aos projetos de transposição do Rio São Francisco. 

"Vocês estão em todas as regiões do Brasil. Não podemos continuar com a velha política de separar nortista de sulista, branco de negro, homo de hétero, pais de filhos. Não, somos um só povo, uma só raça, temos tudo para sermos uma grande nação e seremos uma grande nação", acrescentou.

Na última live, o mandatário causou polêmica ao chamar assessores presidenciais de "pau de arara" ao comentar que manteve o decreto de luto oficial de Padre Cícero. Inicialmente, Bolsonaro errou a origem do religioso e disse que ele seria de Pernambuco. Depois, pediu a confirmação aos funcionários.

"Falaram que eu revoguei o luto de Padre Cícero. Lá do Pernambuco, é isso mesmo? Que cidade que fica lá?", perguntou. "Cheio de pau de arara aqui e não sabem em que cidade fica Padre Cícero, pô?", completou depois do silêncio de assessores.

Veja Também

Pandemia

Bolsonaro também voltou a dizer que "não errou nenhuma durante a pandemia" de Covid-19. Segundo ele, porém, a "decisão de conduzir a questão da pandemia" ficou com governadores e prefeitos. 

"Não errei nenhuma durante a pandemia, fui atacado covardemente o tempo todo, mas a decisão de conduzir a questão da pandemia, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal, foi para governadores e prefeitos", complementou.

O país registrou, na última terça-feira, 1.189 mortes por Covid-19 e 177.027 novos casos diagnosticados, segundo dados enviados pelos estados ao Ministério da Saúde. Com o balanço, o Brasil contabiliza 633.810 óbitos e 26.776.620 milhões de pessoas que já foram diagnosticadas com a doença. De acordo com a pasta, 22,8 milhões de brasileiros já se recuperaram do novo coronavírus.

"A política do fica em casa, lockdown, toque de recolher, foi desumana. Tanto é que hoje, muita gente, institutos, a própria OMS reconhece que foi ineficaz, não ajudou a combater aí, a evitar mortes, muito pelo contrário, levou muita gente para depressão, para o desespero, destruiu muitos empregos", avaliou Bolsonaro.

Durante a cerimônia, o mandatário disse lamentar cada morte, mas pontuou que o governo federal investiu e combateu o vírus. “Destinamos, só em 2020, mais de R$ 700 bilhões para a pandemia. Aí também [entram] recursos que foram repassados a governadores e prefeitos”, destacou.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895