Bolsonaro diz que ênfase no ano é gerar emprego e controlar inflação
Presidente assinou MP que cria programa para incentivar emprego a jovens; em ano eleitoral, principal desafio do governo é a inflação
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta sexta-feira (28) que o foco do governo neste ano é trabalhar pela geração de emprego e pelo controle da inflação. As declarações foram dadas durante evento no Palácio do Planalto onde foi assinada uma MP (Medida Provisória) que cria um programa para incentivar emprego a jovens.
"Continuaremos o nosso trabalho buscando, neste ano, dar ênfase total na geração de emprego e no combate à inflação", afirmou Bolsonaro. A MP em questão foi aprovada no Congresso no ano passado. O programa é destinado a jovens com idades entre 18 e 29 anos, e pessoas com mais de 50 anos que estão fora do mercado há mais de dois anos. Não há vínculo trabalhista e é temporário, com duração até o fim do ano.
Inflação
No último dia 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2021 em 10,06% depois de ter terminado 2020 em 4,52%.
No dia seguinte, ao comentar o assunto, Bolsonaro afirmou que a situação era culpa das medidas de distanciamento social durante a pandemia da Covid-19. As ações foram tomadas por prefeitos e governadores nos momentos de maior explosão de casos e mortes, quando o país ainda não tinha vacina contra o coronavírus.
Em outra ocasião, o presidente garantiu que o índice vai sofrer uma redução neste ano. "Mas vamos continuar lutando contra o desemprego, pode ter certeza que a inflação vai baixar nesse ano", pontuou.
Nesta sexta-feira, o mandatário defendeu ações do governo, e disse que começou a combater o desemprego ainda durante o ápice da pandemia da Covid-19. Durante o discurso, diferentemente do que vinha fazendo ao longo dos últimos dois anos, Bolsonaro evitou criticar governadores e prefeitos, que determinaram medidas de isolamento social, com fechamento de comércios e restrição de circulação.
"Terminamos 2020 quase que no zero a zero no tocante a emprego e desemprego. Lamentavelmente por políticas equivocadas, por políticas por vezes nem tão bem pensadas, por pessoas tentando acertar, mas que levaram mais de 38 milhões de pessoas da informalidade para a rua da amargura", disse, sem citar prefeitos e governadores.
O presidente ainda falou de corrupção, afirmando que em outros governos foram registrados diversos escândalos, e que, no dele, não há. No palco do evento, estava o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que já foi condenado no escândalo do mensalão.