Após 45 minutos de suspensão, CPI é retomada com pedido de desculpas de advogado de Hang
Tumulto gerado por ofensas ao senador Rogério Carvalho provocaram interrupção de depoimento de empresário
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Depois de ficar 45 minutos suspensa, a sessão da CPI da Covid que conta com a participação do empresário Luciano Hang foi retomada nesta quarta-feira no Senado Federal. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), havia ordenado a retirada do advogado de Hang, Murilo Varasquim, por conta de supostas ofensas ao senador Rogério Carvalho (PT-SE). No retorno de todos a sala, o representante do depoente pediu a palavra e fez um pedido de desculpas à comissão pelo comportamento.
"Peço desculpas. Creio que tenha havido um mal-entendido. Jamais houve intenção desta defesa em lhe ofender. Em razão disso, peço reconsideração da minha retirada da sessão. Pretendo continuar na defesa e mais uma vez peço desculpas" disse Varasquim.
Anteriormente, no começo da confusão, Carvalho alegou ter sido desrespeitado. Senadores governistas protestaram, dizendo que o defensor de Hang também foi ofendido. Omar Aziz também pediu o recolhimento de cartazes que estavam com o empresário e logo depois suspendeu a reunião.
Rogério Carvalho pediu que o advogado não volte a interferir no pronunciamento dos senadores. "Peço que a defesa se dirija exclusivamente ao seu paciente. Que não se dirija e não interfira no momento em que o parlamentar estiver com a palavra. Quando um parlamentar está se manifestando, que não haja interrupção de nenhuma forma. Espero que isso não volte a acontecer" disse no retorno da sessão.
Omar Aziz reconsiderou a decisão e manteve os dois advogados de Luciano Hang na sala. Mas avisou que, caso volte a interferir indevidamente no pronunciamento dos parlamentares, o defensor será retirado do depoimento.
Antes da interrupção da reunião, senadores reclamaram que o depoente não estava se restringindo a responder aos questionamentos do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Eles também afirmaram que Luciano Hang estaria usando o espaço para “propaganda política” ou divulgação de suas lojas.