Após denúncias, ANS autua operadora de saúde Prevent Senior
Reguladora também realizou diligências nas sedes das operadoras Hapvida e São Francisco
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou um comunicado na noite desta terça-feira informando que, verificou que existem elementos que contradizem a versão inicial apresentada pela operadora Prevent Sênior".
Foram constatados indícios de que a operadora deixou de comunicar aos beneficiários informações que, por lei deveriam ser dadas. O comunicado diz ainda que a empresa foi autuada na tarde de segunda-feira e que operadora tem 10 dias contatos a partir da data para apresentar sua defesa.
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A ANS disse ainda que segue com as análises de documentos relativos à Prevent Senior a respeito das denúncias sobre cerceamento ao exercício da atividade médica aos prestadores vinculados à rede própria da operadora.
A agência informou ainda que, paralelamente, realizou, na segunda-feira (27/09), diligências na sede operadora Hapvida, na capital cearense, e na sede da operadora São Francisco, em Ribeirão Preto. De acordo com a ANS, embora faça parte do Grupo Hapvida desde 2019, a operadora São Francisco tem CNPJ próprio, devendo obedecer à legislação de saúde suplementar e estando sujeita a sanções caso cometa infrações.
De acordo com ANS, "durante as diligências foram solicitados esclarecimentos a respeito das denúncias sobre cerceamento ao exercício da atividade médica aos prestadores vinculados à rede própria da operadora, e sobre a assinatura de termo de consentimento, pelos beneficiários atendidos na rede própria, para a prescrição do chamado "Kit Covid". A operadora tem o prazo de 5 (cinco) dias úteis para envio de documentação".
Depoimento Bruna Morato
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nesta terça-feira, a advogada Bruna Morato, representante de 12 médicos da operadora de saúde Prevent Senior, afirmou que havia uma aliança entre a operadora e um conjunto de médicos que estariam orientando o governo federal, alinhados aos interesses do Ministério da Economia, com um plano para incentivar o uso da cloroquina em pacientes com Covid-19, mesmo sendo ineficazes no combate à doença, para que as pessoas se sentissem seguras para circular pelas ruas e o país não parasse.
"A Prevent entrava para colaborar com essas pessoas. É como se fosse uma troca, que chamamos na denúncia de pacto, alguns descreveram como aliança. O que me foi dito é que havia um alinhamento ideológico para conceder esperança para as pessoas saírem nas ruas. E essa esperança tinha um nome: cloroquina", afirmou.