Polícia de SP usa drones e tropas especiais em atos nesta terça
Secretário de segurança garante que "o efetivo será condizente". Grupos ficam no Anhangabaú e também na avenida Paulista
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Tropas locais e especiais fazem o policiamento em São Paulo durante as manifestações de grupos de oposição marcadas para esta terça-feira, 7 de setembro. As equipes contam ainda com o uso de drones e helicópteros.
"São dois grupos com propósitos distintos. Na nossa orientação, o ideal é que se reunissem em dias separados para que pudéssemos dar segurança e proteger a população", afirmou o secretário de segurança, general João Camilo Pires de Campos.
O efetivo da Polícia Militar será de 4 mil policiais e receberá o apoio de 1.400 viaturas, 100 cavalos, seis drones e três helicópteros. Participam da operação equipes dos CPC (Comandos de Policiamento da Capital), CPTran (Comandos de Policiamento de Trânsito), CPChq (Comandos de Policiamentode do Choque) e CCB (Comandos de Policiamentodedo Corpo de Bombeiros). Serão ainda seis veículos blindados, três veículos lançadores de água e 20 cães.
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No entanto, uma decisão judicial do dia 30 de agosto permitiu que os grupos se manifestassem na mesma data no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, e na avenida Paulista. "Isso exige um esforço maior das Polícias Militar e Civil, mas cumpriremos o nosso papel. O objetivo é um efetivo condizente e coerente", ressaltou o general.
Segundo a decisão do juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara de Fazenda Pública, "todos podem se reunir pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização".
Já o governador João Doria (PSDB) afirmou que os manifestantes devem passar pelo controle de acesso: "Tanto os que são pró-Bolsonaro quanto os que são contra serão revistados no Vale do Anhangabaú e na avenida Paulista. Em hipótese nenhuma serão permitidos qualquer tipo de armamento. Mesmo que sejam policiais aposentados serão convidados a se retirar para garantir que as manifestações sejam pacíficas".
De um lado, apoiadores do governo devem seguir o tom do Executivo de críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal). Já a oposição deve ter como alvo a atuação do governo durante a pandemia de Covid-19.
Ficou estipulado que os opositores do presidente devem se reunir no Vale do Anhangabaú, enquanto os apoiadores se concentram na Paulista, a cerca de 2,5 quilômetros do endereço.