Onyx nega corrupção em compra da Covaxin e diz que Miranda será investigado por prevaricação
Ministro garantiu que negociação por imunizantes não teve favorecimentos
publicidade
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, rebateu nesta quarta as declarações do deputado federal e colega de partido Luis Miranda (DEM-DF). O parlamentar informou sobre o caso da compra pelo o governo federal de vacinas contra a Covid-19 acima do preço anunciado. "Quero alertar o deputado Luis Miranda que o que foi feito hoje é, no mínimo, denunciação caluniosa e isso é crime tipificado no código penal", ameaçou o Onyx.
Ao jornal Estado de S. Paulo, Miranda disse ter procurado o presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares em março para alertar do suposto "esquema de corrupção rolando na aquisição da vacina". Segundo reportagem, o governo federal pagou valor dez vezes maior pela compra da Covaxin, com doses produzidas na Índia.
Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, Onyx afirmou que não houve favorecimento a ninguém, "porque esta é prática do governo", nem "sobrepreço ou compra alguma". Segundo o ministro, o governo tomará medidas, em especial, a abertura de investigação pela Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as declarações do deputado e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor público do Ministério da Saúde.
De acordo com Lorenzoni, Luis Ricardo deve ser investigado também por prevaricação, no Código Penal, ato de "retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal".