Bolsonaro anunciando vacinas mostra que CPI "teve papel importante", diz Aziz
Para senador, a investigação contribuiu para o chefe do Planalto se empenhar na compra de imunizantes
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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), destacou o anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a chegada de 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen ao Brasil. Para o senador, a investigação tem tido um impacto no governo federal ao fazer o chefe do Planalto se empenhar na compra de imunizantes.
"Como nós progredimos! Isso é importante. A CPI teve seu papel importante. Acho que estamos avançando", disse Aziz no início da sessão da CPI desta terça-feira, 22, marcada para ouvir o deputado Osmar Terra (MDB-RS). A comissão avalia incluir Bolsonarona lista de investigados e diz já ter provas suficientes da responsabilidade do presidente da República no descontrole da pandemia.
Negacionismo e vacinas
Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro disse que não tomará a vacina contra a Covid-19, quando uma for aprovada e estiver disponível. "Eu digo para vocês, eu não vou tomar, é um direito meu", afirmou em uma live na quinta-feira. Ele foi infectado pelo coronavírus em julho, e mais da metade de seu gabinete testou positivo. Após a certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), "o governo federal vai comprar esse material e colocar à disposição da população de forma gratuita e voluntária", disse o presidente.
Marca de 500 mil mortos
O Brasil registrou, neste sábado (18), 2.3015 mortes por Covid-19 e 82.288 novos casos diagnosticados, de acordo com os dados enviados pelos estados ao Ministério da Saúde e ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com isso, o país superou a marca dos 500 mil mortos por Covid-19. O Brasil contabiliza agora 500.800 óbitos e 17.883.750 pessoas que já foram diagnosticadas com a doença.
Desde janeiro, quando a primeira pessoa foi vacinada, até o momento, apenas 11,5% da população recebeu as duas doses do imunizante contra a doença, o que corresponde a 24.426.291 pessoas. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou as redes sociais neste sábado para lamentar os 500 mil óbitos no Brasil provocados pela pandemia da Covid-19. Ele disse que trabalha para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar o cenário.
Para especialistas, a lentidão da campanha de vacinação contribuiu não apenas para o grande número de mortes, mas também para que o país se tornasse um perigo epidemiológico para o mundo, o que deixa a população ainda mais vulnerável, sem perspectiva de controle da pandemia
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