CPI da Covid ouve Osmar Terra e tenta convocar Google e Facebook
Comissão vota 57 requerimentos, entre os quais pedidos para ouvir governadores do RJ e PI e para marcar reunião secreta com Witzel
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A CPI da Covid ouve nesta terça-feira o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra, um dos principais nomes do suposto gabinete paralelo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro. No início de 2020, Osmar Terra deu várias declarações afirmando que a Covid-19 não chegaria à metade do ano passado e que o número de óbitos pela doença não chegaria a mil - no sábado (19), o País passou de 500 mil mortos na pandemia.
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O ex-ministro participou de reuniões em 2020 ao lado do presidente nas quais se estimulava o tratamento precoce com o uso da hidroxicloroquina. Tais encontros contavam também com médicos como Paulo Zanoto e Nise Yamaguchi, defensores dos medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19.
Entre os 57 requerimentos que serão votados no início da sessão desta terça estão a marcação da reunião secreta com o ex-governador do Rio, Wilson Witzel. Em seu depoimento na semana passada, o ex-chefe do Executivo, retirado após processo de impeachment no estado, afirmou que tinha informações importantes para repassar aos senadores sobre sua relação com o governo federal, mas pediu para falar apenas em um encontro reservado.
Entre os requerimento estão também as convocações de representantes do Google e do Facebook. O pedido foi elaborado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após a última live de Bolsonaro, na qual o presidente é acusado de minimizar a importância das vacinas. O senador quer cobrar das companhias punições a declarações como a do presidente.
Também estão na longa lista que será votada as convocações dos atuais governadores do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e do Piauí, Wellington Dias (PT).
O primeiro, caso sejam aceitos os pedidos de Randolfe e e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), deve explicar, entre outras coisas, por que o estado autorizou o evento de Bolsonaro que reuniu milhares de motociclistas no fim de maio. Wellington Dias foi chamado pela bancada governista na comissão para esclarecer por que o Consórcio Nordeste, presidido por ele, comprou respiradores a preços altos e que jamais recebeu.