Alguns depoentes passarão para condição de investigados, diz Renan Calheiros

Alguns depoentes passarão para condição de investigados, diz Renan Calheiros

Relator da CPI da Covid não divulgou nomes

R7

Renan Calheiros anuncia que algumas autoridades passarão de testemnha a investigados

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O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou nesta sexta-feira (11) que algumas autoridades, que prestaram depoimento no colegiado na condição de testemunhas, passarão para a posição de investigados.

"A partir de agora, nós vamos com relação a algumas pessoas, que por aqui já passaram, tirá-las da condição de testemunha e colocá-las definitivamente na condição de investigados, para, com isso, demonstrar a fase seguinte do aprofundamento da nossa investigação", afirmou Calheiros. O senador, contudo, não disse quais autoridades passarão para a condição de investigados.

Nesta sexta-feira (11), a CPI ouve Claudio Maierovitch, médico sanitarista, pesquisador da Fiocruz e ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e Natalia Pasternak, microbiologista e pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo).

Negacionismo

Em depoimento à CPI da Covid, Pasternak afirmou nesta sexta-feira (11) que diversos estudos já comprovaram que a cloroquina não tem eficácia contra a Covid-19 e que o negacionismo feito pelo governo federal em relação à pandemia mata.

"Tudo o que está nesse gráfico já era mais do que suficiente para enterrar a cloroquina de vez e a gente poder mover a discussão para coisas mais relevantes. Isso foi no ano passado. Nós estamos pelo menos seis meses atrasados em relação ao resto do mundo, que já descartou a cloroquina e, aqui no Brasil, a gente continua discutindo isso", afirmou Pasternak.

"Isso é negacionismo, senhores. Isso não é falta de informação. Negar a ciência e usar esse negacionismo em políticas públicas não é falta de informação, é uma mentira e, no caso triste do Brasil, é uma mentira orquestrada, orquestrada pelo Governo Federal e pelo Ministério da Saúde. E essa mentira mata, porque ele leva pessoas a comportamentos irracionais, que não são baseados em ciência", completou.

A pesquisadora da USP informou também que o exemplo não é apenas para a cloroquina. "Isso serve para o uso de máscaras, isso serve para o distanciamento social, isso serve para a compra de vacinas que não foi feita em tempo para proteger a nossa população. Esse negacionismo da ciência perpetuado pelo próprio governo mata", disse.

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