Medidas de distanciamento não estão cientificamente comprovadas, diz Pazuello na CPI
Ex-ministro comparou a adoção da iniciativa ao uso de medicamentos com eficácia não confirmada
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Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello alegou que a efetividade de medidas de distanciamento social não estaria comprovada cientificamente, e comparou a adoção de tal iniciativa, indicada por especialistas e cientistas para conter o coronavírus, ao uso de medicamentos com eficácia não confirmada.
Sobre o uso de máscara de proteção, Pazuello afirmou que a posição da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi marcada por "idas e vindas" durante todo o ano passado. "Eu acredito que as medidas preventivas sejam necessárias, não quer dizer que eu não escorregue em nenhum momento da vida", afirmou Pazuello diante dos questionamentos do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Como revelou o Broadcast Político, minutos após defender na CPI o uso da máscara como medida preventiva contra a covid, o ex-ministro foi flagrado sem o acessório no Senado Federal. Naquele momento, ele deixava uma sala reservada dentro do plenário da comissão para retornar ao depoimento na CPI, que estava em intervalo após bate-boca de senadores.
Pazuello afirmou também que não comprou "nenhum" comprimido de hidroxicloroquina. Ainda sobre as decisões enquanto era titular da Saúde, o ex-ministro disse que as negociações em torno da adesão ao consórcio Covax Facility foram centralizadas na Casa Civil, mas em seguida afirmou ser dele a decisão de aderir a iniciativa com cobertura de 10% da população, e não 50%. Logo depois, afirmou que a posição foi tomada por um "colegiado".
"Nós compramos o mínimo pela razão de que era muito instável. Estar no consórcio a posição era sim, mas apostar todas as fichas naquela produção, não", respondeu ele.
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