Laboratório da Índia não garantia pureza da Covaxin, diz Barra Torres na CPI

Laboratório da Índia não garantia pureza da Covaxin, diz Barra Torres na CPI

Para o presidente da Anvisa, Ministério da Saúde não errou ao fechar contrato para importar 20 milhões de doses do imunizante

R7

Laboratório da Índia não garantia pureza da Covaxin, diz Barra Torres

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O presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, afirmou nesta terça-feira (11) que a rejeição da importação da vacina da Índia, a Covaxin, ocorreu após uma série de falhas apresentadas nos estudos do imunizante. 

O Brasil receberia 20 milhões de doses da Índia após contrato assinado pelo Ministério da Saúde. Também em março, a agência havia negado o Certificado de Boas Práticas de Fabricação ao laboratório indiano Bharat Biotech, responsável pela produção.

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O presidente da Anvisa afirmou que não foi pressionado por autoridades a aprovar a vacina indiana e também não considera que houve um erro do ministério na contratação do laboratório.

Barra Torres explicou que os fabricantes da vacina da Índia, a Covaxin, deixaram de entregar documentos impossíveis de ser ignorados, como o relatório técnico, documento da autoridade regularadora do País de origem que comprava a segurança e eficácia do imunizante. E isso impede, por parte da Anvisa, a autorização da importação. 

Na vistoria feita por técnicos da agência à fábrica da Covaxin, foram encontrados alguns problemas, como a dificuldade de se entender como o estudo chegou à potência prometida da vacina e a validação da inativação do vírus (uma comprovação de que o processo é sempre bem sucedido).

Torres explicou também que o laboratório indiano não conseguiu garantir a pureza da substância e que ele não adota as medidas necessárias para garantir a esterilização do imunizante.


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