Decisão sobre cogestão será respeitada, afirma Melo
Em entrevista ao Esfera Pública, prefeito disse que a resolução será discutida
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Após divergências com o governo do Estado sobre as medidas do sistema de cogestão, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), afirmou, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, que irá respeitar o que for decidido pelo comitê técnico de Distanciamento Controlado, mas que a decisão deverá ser conversada.
"Cabe ao governador (Eduardo Leite) comandar as bandeiras, mas a cogestão significa que os prefeitos podem e devem opinar", disse. Melo se reuniu com o governador Eduardo Leite (PSDB) na tarde desta quarta-feira, e entregou o documento, elaborado ao lado de demais prefeitos, que sinaliza a intenção de que as cidades “precisam funcionar de segunda a segunda”.
Recém empossado presidente da Granpal, o prefeito informou que o documento surgiu como uma forma de "alinhar ideias" sobre as decisões que precisam ser tomadas após o fim do decreto do Estado, que se encerra dia 9, nesta sexta-feira, que estabelece as atuais restrições das atividades econômicas no Estado.
"Nós achamos que tem que ter uma fiscalização rigorosa, e os prefeitos estão fazendo e farão mais ainda. Achamos que os protocolos precisam ser cada vez ainda mais rigorosos, mas a cidade tem uma vida que não vai de segunda à sexta", explicou Melo.
Ele ainda defendeu o funcionamento de algumas atividades, como a gastronomia, que, segundo o prefeito, faziam parte do cotidiano de algumas famílias durante o final de semana e que se feitas com distanciamento controlado e seguindo os protocolos sanitários não apresentariam riscos.
Melo também informou que irá aceitar, durante o encontro, o convite feito por Leite para participar das reuniões do Gabinete de Crise. Disse que irá sugerir ao governador, a participação de um técnico, de sua escolha, para compor a equipe do Comitê Permanente de Distanciamento Controlado, que define, semanalmente, quais as medidas a serem seguidas para enfrentamento à pandemia.
Voltando a afirmar que não existiam estudos científicos que comprovem que o fechamento do comércio aumentaria o número de casos e o que existiam eram "discordâncias políticas" sobre o assunto, Melo disse que pretende apresentar ideias, como uma ampliação nos horários de funcionamento de atividades para evitar as aglomerações.
Em relação aos próximos passos a serem tomados no sistema, o emedebista disse que vai "conversar, convergir, opinar e evidentemente decidir. A decisão sendo feita junto, vamos respeitar". Além disso, outras pautas também serão tratadas no encontro como os repasses que devem ser feita às prefeituras após a venda da CEEE-D e uma possível reforma fundiária.
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*Sob supervisão de Mauren Xavier