Melo defende "melhorar astral de Porto Alegre"
Prefeito diz que governará para todos os bairros, mas quer "embelezar" área central
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O prefeito Sebastião Melo repetiu várias de suas propostas para governar Porto Alegre, ao receber o cargo de Nelson Marchezan Jr nesta sexta, no Largo Glênio Peres, mas focou parte de seu discurso no Centro Histórico. "Precisamos melhorar o astral de Porto Alegre, embelezar nossa cidade", enfatizou.
"Vamos colocar flores, pintar os prédios, melhorar o Centro", acrescentou. "Estou disposto a conversar propostas com aqueles que cuidam melhor da pintura das construções", reforçou.
Além disso, o prefeito projetou recolocar o Mercado Público como prioridade. "Precisa ser devolvido o mais rápido possível, com seu segundo andar. Aqui está a alma da cidade", destacou. "Serei prefeito de todos os bairros, mas o primeiro que irei cuidar é o Centro, onde é a sede do governo", justificou Melo. Antes do término do cerimonial, todos os secretários municipais foram empossados.
Modernização
Melo apontou, ainda, que buscará uma modernização na burocracia, comunicação e acordos da gestão municipal, inspirado pelo que foi aprendido durante o isolamento da pandemia. "Será que são necessárias tantas viagens para São Paulo e Brasília se resolvemos com videoconferência? Será que um governo precisa pedir dentro de uma repartição, ou pode obter o documento de forma digital?", questionou. Para isso, ele também prometeu quebrar o monopólio da Procempa. "Ela vai concorrer em pé de igualdade com os que fazem a inovação no mundo. Se ela fizer melhor, é com ela. Senão, será com o setor privado."
Ao comentar programas assistenciais, Melo ponderou que a prefeitura deverá ter um papel de mediação. "Assistência social se faz com parceiros, não é estatal. É preciso alinhar com o governo federal e estreitar parcerias, numa grande rede que nossa cidade já possui. Também temos que ampliar os restaurantes populares para outras áreas, onde as pessoas mais necessitadas buscam alimentação digna", definiu.
O prefeito reforçou o compromisso de "manter a cidade aberta", justificando-se pelas perdas econômicas. "Já passou por grandes dificuldades, não há mais espaço para fechar", afirmou. Ao mesmo tempo, ele garantiu lutar pela vacina contra a Covid-19. "Se o governo federal deixar escapar uma vírgula de que não vai comprar, vamos fazer um consórcio entre os municípios da região Metropolitana. Mas precisa também do governo do Estado."