Caiado ataca “politicagem” e quer comando federal para vacina contra coronavírus
Governador de Goiás diz que “nenhum Estado vai escolher quem vai viver ou morrer de Covid-19”
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, alinha-se ao Planalto e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na discussão em torno da política de produção e distribuição da vacina contra o coronavírus, colocando-se no campo oposto ao do governador de São Paulo, João Doria. Após encontro com o ministro, o governador partiu para o ataque: “Nenhum Estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de Covid-19”, declarou o democrata.
A reação ocorre no mesmo dia em que representantes de 246 municípios de Goiás se reuniram com Doria e manifestaram interesse na compra da CoronaVac. Caiado é médico e chegou a romper com Bolsonaro, no início da expansão do coronavírus, por discordância da gestão federal da pandemia. Na ocasião, o governador foi pessoalmente às ruas de Goiânia para tentar barrar aglomerações. Após receber apoio federal para construção de hospitais de campanha, restabeleceu o apoio a Bolsonaro.
A questão da autorização sanitária, produção e aplicação da vacina provoca um racha entre governadores. Doria informa ter sido procurado por 11 governadores em busca da CoronaVac, que ainda não obteve liberação da Anvisa.
Caiado e Romeu Zema, governador de Minas Gerais, alinham-se ao Planalto e pedem padronização e controle federal sobre o processo de vacinação. Há ainda aqueles que recorrem à Justiça para obter autorização para a vacinação, caso de Flávio Dino, governador do Maranhão.