Congresso deve votar nova medida provisória da vacina nesta quinta-feira
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o governo Bolsonaro por não ter um plano de vacinação
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A Câmara dos Deputados espera votar a nova medida provisória das vacinas, que impõe normas para compra, calendário e aplicação no País, nesta quinta-feira. O relatório da MP 1003 foi apresentado nesta quarta-feira pelo deputado Geninho Zuliani (DEM-SP). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse em coletiva de imprensa que espera que a votação possa ocorrer ainda amanhã em plenário.
"A MP 1003 é outro projeto que queremos votar amanhã. Esperamos que governo possa ter convergência, porque no dia em que a gente está debatendo como irá resolver para comprar vacinas o governo vai e isenta a importação de armas. Isso nos deixa perplexos, pela falta de prioridade em alguns momentos e de sensibildaide por parte do governo. As pessoas estão perdendo as vidas, o número de infectados está aumentando, há hospitais sem vagas e sem leitos de UTI, o que pode aumentar a letalidade do coronavírus e vemos a isenção para importação de armas. Me parece uma distorção de prioridades ou uma falta de prioridade por parte do governo".
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Maia fez duras críticas ao governo Bolsonaro, tanto pela falta de agenda para a vacina quanto para a agenda econômica. "O governo não tem agenda, não tem agenda para a vacina, para os mais pobres, não tem agenda para a recuperação econômica e geração de emprego. Tem muita promessa, você consegue fazer um livro com três volumes com as promessas que e equipe econômica fez e não colocou de pé", disse.
O presidente da Câmara também criticou a interferência do governo na eleição para a presidência da Casa e disse acreditar que o motivo é impor a pauta de costumes e de flexibilização das leis ambientais.
"Cada dia fica mais claro que o presidente quer a Presidência da Câmara para pautar os seus projetos de costumes e para isso ele vai abrir mão do que ele defendeu nos últimos anos. Isso fica claro, a gente sabe que governo tem um candidato e vai jogar pesado para eleger o seu candidato e rasgar o seu discurso para tentar derrotar o presidente da Câmara e o seu candidato. Eu não quero derrotar ninguém. Quero seguir no caminho que começamos em 2016".