Ministro francês nega falhas na vigilância de homem que decapitou professor
Criminoso publicou fotos do crime na redes social antes de ser morto pela polícia
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O ministro francês da Justiça, Eric Dupond-Moretti, rejeitou nesta terça-feira qualquer falha na vigilância do jovem checheno russo que decapitou na semana passada um professor que exibiu caricaturas de Maomé a seus alunos. "É uma guerra insidiosa. Há um terrorismo organizado, que os serviços estão vigiando, e há um jovem de 18 anos que não estava no radar dos serviços de inteligência e que comete este ato abominável em nome de uma religião mal entendida", disse o ministro à rádio France Inter.
O criminoso, que divulgou uma foto do professor decapitado Samuel Paty no Twitter antes de ser morto pela polícia na sexta-feira, já havia publicado fotos de decapitações. Sua conta foi detectada há alguns meses pelos serviços de inteligência do governo, mas não foi eliminada. "Infelizmente, há muitas coisas assim circulando, por isso a necessidade de trabalhar nesta questão", disse Eric Dupond-Moretti.
Ao ser questionado sobre as possíveis "falhas", o ministro da Justiça respondeu: "Não, não houve falhas". As autoridades francesas anunciaram que fecharão a mesquita de Pantin, nas proximidades de Paris, durante seis meses, por ter divulgado um vídeo que criticava Samuel Paty por ter ensinado sobre as caricaturas. "O prazo para o fechamento é de 48 horas, então a mesquita será fechada na quarta-feira à noite", afirmou uma fonte próxima ao caso à AFP, uma informação confirmada por fontes do ministério do Interior.