Lula acusa Israel de "matar inocentes sem nenhum critério" em Gaza

Lula acusa Israel de "matar inocentes sem nenhum critério" em Gaza

Presidente do Brasil afirmou que a solução do Estado de Israel é tão grave quanto foi o ato do Hamas

AFP

Lula acusa Israel de "matar inocentes sem nenhum critério" em Gaza

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou, neste segunda-feira, Israel de "matar inocentes sem nenhum critério" na guerra contra o grupo islamista Hamas, atacando locais na Faixa de Gaza onde encontram-se crianças. "Depois do ato de terrorismo do Hamas, a solução do Estado de Israel é tão grave quanto foi o ato do Hamas, porque eles estão matando inocentes sem nenhum critério", afirmou Lula durante um evento realizado no Palácio do Planalto sobre a atualização da Lei de Cotas.

O presidente acusou Israel de "jogar bombas onde tem crianças, hospitais, a pretexto de que um terrorista está lá, não tem explicação". "Primeiro vamos salvar as crianças, as mulheres, e depois faz a briga com quem quiser", acrescentou Lula, que garantiu que o número de mulheres e crianças mortas é inédito para um conflito com essas características. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro em território israelense que matou cerca de 1.200 pessoas, Israel respondeu com uma contraofensiva na Faixa de Gaza que já tem um saldo de mais de 11.200 mortos, segundo o grupo islamista.

Lula receberá nesta segunda-feira na Base Aérea de Brasília 22 brasileiros e 10 parentes de Gaza, que chegarão ao Brasil após mais de um mês de espera para deixar a zona de conflito. Os 32 passageiros foram evacuados no domingo pela fronteira terrestre de Gaza com o Egito. "Hoje é um dia muito feliz para nós brasileiros", comemorou o presidente. O governo "está trazendo o que foi possível liberar com muito sacrifício. Dependia da vontade de Israel", acrescentou.

Na semana passada, o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, estimou que a morte de milhares de crianças palestinas nos bombardeios israelenses faz pensar em um "genocídio", durante uma conferência humanitária sobre Gaza em Paris.

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