Sindec rebate críticas de Eduardo Leite sobre imposto sindical
Governador deu declarações no sábado, em São Paulo, durante evento sobre investimentos
publicidade
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec) contestou as falas do governador Eduardo Leite (PSDB) sobre a possibilidade do retorno do imposto sindical, no último sábado, durante evento sobre investimentos, em São Paulo.
"O retorno da cobrança do imposto sindical é um absurdo e um retrocesso que não podemos permitir no Brasil. Os sindicatos que convençam os servidores a contribuir, e não que isso seja algo imposto a todos. Precisamos garantir novos avanços e evitar retrocessos", disse Leite, na ocasião.
Conforme o sindicato, o tema tem sido tratado de forma tendenciosa, a fim de "colocar os trabalhadores contra os sindicatos" e reforça a fala do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Nesta segunda-feira, em Porto Alegre, ao lado de Leite, Marinho disse que a contribuição como "uma imposição não voltará".
"Muito nos admira, que o próprio governador, que já foi alvo de fake news e discursou ativamente em suas últimas campanhas contra a disseminação desse tipo de conteúdo, continue a proferir afirmações tendenciosas que só contribuem para reforçar esse tipo de informação que não expressa a verdade", diz o Sindec, em nota assinada pelo presidente Nilton Neco.
Sobre trecho da fala do governador na capital paulista, a de que os sindicatos deveriam convencer os servidores a contribuir, o Sindec equipara com a necessidade de o governo convencer a população para eventuais aumento de impostos.
Veja Também
- "Uma imposição não voltará", diz no RS ministro do Trabalho sobre imposto sindical
- Nova contribuição sindical não será obrigatória, afirma ministro
- STF forma maioria para tornar contribuição sindical obrigatória
"O fato é que não estamos falando sobre convencimento e, muito menos sobre imposição. Nosso debate atual reflete o respeito ao direito de escolha dos trabalhadores", afirma a nota. O sindicato defende a necessidade de uma contribuição para manter o trabalho em prol da categoria. "Com transparência e sem nenhum tipo de hipocrisia, isso só foi possível graças ao aporte financeiro."
Um grupo de trabalho tripartite, ligado ao ministério do Trabalho, vem estudando mudanças na contribuição sindical. A deia é quando houver prestação de serviços por parte dos sindicatos, representando empregado ou empregador, ele pode reivindicar àquele segmento que faça uma contribuição, determinada em assembleias de empresas ou trabalhadores.