Sem unificação, CPIs da Educação devem realizar oitivas de forma conjunta
Comissão comandada pela oposição aprovou a convocação da ex-secretária Sônia da Rosa e de servidoras da Smed
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A tentativa de unificação das duas CPIs da Educação da Câmara de Porto Alegre foram frustradas. Sem possibilidade legal de junção, a comissão "de oposição", liderada pela vereadora Mari Pimentel (Novo), aprovou, nesta segunda-feira, que as oitivas de ambos os colegiados ocorram de forma conjunta. Ou seja: continuam duas CPIs, uma comandada por Mari, e a outra pelo líder do governo, Idenir Cecchim (MDB), mas as convocações de testemunhas e os depoimentos ocorrerão de forma conjunta. Além disso, o vereador Mauro Pinheiro (PL), foi eleito relator da CPI. Ele também é relator da comissão liderada pelo governo.
Outros requerimentos de convocação também foram aprovados, incluindo a convocação da ex-secretária de Educação Sônia da Rosa, assim como o ex-adjunto da pasta, Mario de Lima. As servidoras Mabel Luiza Leal Vieira e Michele Bartzen Acosta Schroder também serão ouvidas. Elas participaram diretamente do processo de aqusição dos materiais. Ambas as comissões tem o mesmo objetivo: investigar supostas irregularidades na aquisição de materiais pela Secretaria Municipal de Educação.
Nos bastidores, após uma série de revezes judiciais e de tentativas frustradas de encaminhamento dos trabalhos, a comissão comandada pela oposição buscava, agora, unificar os trabalhos, a fim de gerar menos desgaste político para ambos os lados. Entretanto, na impossibilidade, a estratégia foi unificar as oitivas, que deverão ocorrer nas segundas-feiras, não mais nas quintas. E com a participação de integrantes de ambos os colegiados.
Mari, que preside a CPI da oposição, confia que os trabalhos não serão prejudicados com um vereador governista na relatoria, uma vez que é possível o encaminhamento de um relatório a parte para o Ministério Público, caso aquele entregue por Mauro Pinheiro ao final dos trabalhos não seja satisfatório. Essa foi a primeira sessão de colegiado que ocorreu de forma tranquila, sem embates. Desde que instalada, no início de agosto, a presidente e os vereadores de oposição vem travando embates com a base governista, que dificultou a fluidez dos trabalhos de forma "mais independente".
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*Supervisão Mauren Xavier