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Sargento diz à CPMI que intermediou venda de carro a Cid e que se arrepende de ter ido a atos de 8/1

Luis Marcos dos Reis foi questionado sobre movimentação de R$ 3 milhões em sua conta e de pagamento de R$ 70 mil de Cid

Sargento está preso há 114 dias por envolvimento em fraudes de cartão de vacina da família Bolsonaro
Sargento está preso há 114 dias por envolvimento em fraudes de cartão de vacina da família Bolsonaro Foto por: Bruno Spada / Câmara dos Deputados / CP

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os atos de vandalismo de 8 de janeiro, o sargento Luis Marcos dos Reis, que fez parte da equipe de ajudantes de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, definiu como "erro pessoal" a decisão de ter ido à Esplanada dos Ministérios durante as manifestações, mas declarou que a situação já estava controlada pelas forças de segurança no momento em que chegou à Praça dos Três Poderes e apenas tirou fotos da movimentação.

O sargento dos Reis está preso há 114 dias pelo envolvimento em fraudes com cartões de vacinação de Bolsonaro e familiares, de participar dos atos de 8 de janeiro e de ter feitos movimentações financeiras irregulares. Ele presta depoimento à comissão nesta quinta-feira (24).

Em sua fala inicial, ele avisou que não iria comentar as acusações de alteração de dados em cartões de vacinação. Sobre a participação nos atos do 8 de janeiro, ele disse que estava arrependido de ter ido à Esplanada e alegou que permaneceu no local por cerca de 40 minutos. O militar, no entanto, negou a defesa de atos golpistas.

Movimentações financeiras

Luis Marcos dos Reis foi questionado pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), sobre movimentações financeiras em sua conta que ultrapassam R$ 3 milhões entre fevereiro de 2022 e janeiro deste ano.

O sargento do Exército explicou que depósitos e retiradas se referem a recursos recebidos quando ele foi para a reserva e à participação em consórcios, entre outras negociações. Ele também afirmou que intermediou a venda de um carro para o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, no valor de R$ 70 mil.

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