CPMI do 8 de janeiro aprova quebra de sigilos de Zambelli e Delgatti e reconvoca Mauro Cid
Sessão desta quinta ouve ex-membro do governo Bolsonaro
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A CPMI do 8 de janeiro aprovou nesta quinta-feira, logo no início da sessão que ouve Luis Marcos dos Reis, ex-membro do governo Bolsonaro, as quebras de sigilo da deputada Carla Zambelli e do hacker Walter Delgatti. Além disso, os parlamentares presentes também concordaram com a reconvocação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Os requerimentos foram aprovados em bloco. Durante sessão, o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), propôs a que a leitura do relatório final da CPMI seja realizada no dia 17 de outubro.
No início desta semana, a Justiça Federal condenou Delgatti a 20 anos de prisão no processo da Operação Spoofing, deflagrada pelo PolÍcia Federal em 2019. A sentença foi proferida pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília. Durante as investigações, a PF descobriu que Delgatti e outros acusados interceptaram conversas de integrantes da Operação Lava Jato, entre elas, o ex-procurador Deltan Dallagnol.
Durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro, o hacker ganhou as manchetes por revelações sobre os supostos ataques ao sistema eleitoral brasileiro e, ainda, suas conversas com o ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputada Carla Zambelli. Ele admitiu ter feito tentativas de invadir o sistema das urnas eletrônicas mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Veja os requerimentos aprovados pela CPMI:
- Quebra do sigilo telefônico e telemático da deputada Carla Zambelli (PL-SP);
- Relatório de Inteligência Financeira (RIF) da deputada Carla Zambelli;
- Quebra do sigilo telefônico e telemático de Bruno Zambelli, irmão da deputada;
- Quebra do sigilo telefônico e telemático de Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro;
- Quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático do hacker Walter Delgatti Neto;
- Reconvocação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Convocação de Osmar Crivelatti;
- Pedido ao Exército para que forneça processos, sindicâncias e inquéritos instaurados para investigar militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto.