STF forma maioria para tornar réus radicais que atacaram Corte no dia 8 de janeiro
Colegiado também decidiu abrir ação contra um policial legislativo acusado de "omissão"
publicidade
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para instaurar ação contra um quarteto que invadiu e depredou a sede da Corte máxima do País - entre eles um homem que tentou roubar a toga de um dos ministros. O colegiado também decidiu abrir ação contra um policial legislativo acusado de "omissão" ante os atos extremistas do 8 de Janeiro.
Foram colocados ainda no banco dos réus Antônio Cláudio Alves Ferreira, que foi flagrado destruindo relógio de D. João VI no Palácio do Planalto; e Marcelo Fernandes Lima, acusado de roubar réplica da Constituição do STF.
As denúncias estavam sendo analisadas em julgamento virtual que não havia terminado até as 21h de ontem. O Supremo avalia a oitava leva de acusações oferecidas pela Procuradoria-Geral da República, com imputações feitas a 45 investigados. Caso a Corte decida receber todas as peças, o número de ações abertas na esteira do 8 de Janeiro irá a 1.290.
Ao passo em que continua a analisar as acusações da PGR, o Supremo instrui ações já instauradas. Ontem, quatro magistrados que atuam como auxiliares no gabinete do ministro Alexandre de Moraes começaram a ouvir testemunhas de acusação e de defesa em 232 processos abertos pelos atos extremistas. Tais ações são referentes a investigados acusados de crimes mais graves e que ainda estão presos. Após as testemunhas, os réus serão interrogados.
Veja Também
- CPMI ouve coronel da PM investigado por omissão no 8 de janeiro
- Moraes autoriza ex-comandante da PMDF a ficar em silêncio na CPMI do 8 de Janeiro
- Cármen Lúcia determina que Mauro Cid compareça à CPMI do 8 de janeiro
- Falhas da Abin e "máfia do Pix"; veja principais pontos do depoimento do ex-chefe da PMDF na CPMI