Bolsonaro volta a criticar sistema eleitoral
Ex-presidente reafirmou ainda que não está relacionado com os atos de vandalismo que depredaram a sede dos Três Poderes
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a Justiça Eleitoral. Em entrevista ao programa "Agora", da Rádio Guaíba, ele retomou a necessidade de aprimoramento nas urnas eletrônicas e a defesa do voto impresso, que, para ele, é "mais uma camada de transparência". "Não pode uma Justiça que, quem criticar, tem direito eleitoral cassado", afirmou. Segundo o ex-presidente, decisões da justiça levaram a senadores e parlamentares terem até "medo de ocupar a tribuna".
Bolsonaro comentou ainda sobre o processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e julga sua inelegibilidade. "Lamento o Tribunal querer cassar os meus direitos políticos, até me julgando de forma diferente que julgou a chapa Dilma-Temer. Lá, eles aceitaram o processo originário, comigo botaram na minha conta até 8 de janeiro de 2023. Eu só peço que só venhamos a ser julgados com a jurisprudência de 2017", afirmou o ex-presidente. Ele refere-se à inclusão do relator, a pedido da acusação, de documentos que comprovariam a relação de Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado envolvendo o seu ex-ajudante Mauro Cid.
Bolsonaro reafirmou ainda que não está relacionado com os atos de vandalismo que depredaram a sede dos Três Poderes em 8 de janeiro. "O pessoal fica apurando, mexendo, para ver se me acha. Não vão me achar porque eu não estava lá", disse, relembrando as falas do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, de que não existe uma "figura central" responsável pelas depredações.