Com manifestantes bloqueando todas as entradas da Assembleia Legislativa, a maioria dos líderes partidários pediram que a presidência da Casa liberasse o acesso para deputados e servidores para que fosse possivel votar o projeto que reestrutura o IPE Saúde na tarde desta terça-feira. Na prática, isso poderá significar o uso de força policial. Manifestantes bloqueiam as entradas da Assembleia Legislativa desde as primeiras horas do dia, e, até o momento, não apresentam sinais de que devem desobstruir os acessos.
Com o bloqueio do prédio, a reunião de líders ocorreu no Memorial Legislativo, ao lado do Parlamento. Por mais de uma hora, eles discutiram as alternativas para a votação.
Após o término da reunião de líderes, o presidente da Assembleia Legislativa, feputado Vilmar Zanchin (MDB), reuniu-se novamente com os integrantes da Mesa Diretora da Casa. O objetivo é decidir como proceder em relação aos manifestsntes que bloqueiam todos os acessos do Parlamento. A ação visa protelar a votação do projeto de reestruturação do IPE Saúde.
São 14 bancadas representadas no colegiado. As bancadas do PT, do PCdoB e do Psol, todas de oposição, são contra esta alternativa. Elas sugerem a reabertura de negociações e o adiamento da votação.
"Queremos negociar e negociar. Usar a força não vai beneficiar ninguém. E não é preciso votar hoje, todos sabemos disso. Mas virou uma queda de braço", afirmou o líder da bancada do PT, deputado Luiz Fernando Mainardi, na saída da reunião de líderes.
Veja Também
- Entenda os pontos que travam o projeto do IPE Saúde; votação deve ocorrer hoje
- Protesto de servidores bloqueia entrada da Assembleia antes de votação de projeto do IPE Saúde
Votação a portas fechadas foi discutida
Na história recente, a votação a portas fechadas na Assembleia tem um precedente. A apreciação da reforma da previdência e outros sete projetos, em setembro de 2015. Na ocasião, a votação foi cancelada na terça-feira prevista, em função das manifestações e bloqueios das entradas da e realizada no dia seguinte. Assim como agora, um emedebista, o ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas, Edson Brum, comandava o Legislativo gaúcho.
Chegou a ser discutida a possibilidade de votar o projeto no próprio Memorial. Bancadas de oposição à esquerda pediram adiamento da votação.