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Polícia Federal acha em celular de Mauro Cid instruções para golpe de Estado

Documento detalha passo a passo para que Forças Armadas assumissem o comando do país após a vitória de Lula nas eleições

Polícia Federal acha em celular de Mauro Cid instruções para golpe de Estado
Polícia Federal acha em celular de Mauro Cid instruções para golpe de Estado Foto por: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo / CP

A Polícia Federal encontrou um documento no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apresentava um roteiro para um golpe de Estado no país após o resultado das eleições presidenciais do ano passado. A informação foi confirmada por fontes ao R7.

O documento detalhava uma série de etapas que deveriam ser cumpridas para que as Forças Armadas assumissem o comando do país. A Polícia Federal achou o documento em conversas de Mauro Cid com um oficial das Forças Armadas, o coronel Jean Lawand Junior, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os pontos listados no documento, estava a nomeação de um interventor e o afastamento e abertura de investigações contra ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento também pedia que fosse fixado um prazo para a realização de novas eleições. 

Esse documento é diferente da minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, que tinha como objetivo decretar Estado de defesa no TSE para tentar mudar o resultado da eleição presidencial do ano passado. Mauro Cid também tinha essa minuta no celular dele.

Por meio de nota, o Exército informou que "eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial, observando o devido processo legal" e que "na esfera administrativa, as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no âmbito da Força".

Além disso, a Força disse que "opiniões e comentários pessoais não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força". "Como Instituição de Estado, apartidária, o Exército prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais."

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