Ibama: Rio Amazonas tem risco maior para exploração de petróleo que bacias de Campos e Santos
Presidente da entidade, Rodrigo Agostinho, ressaltou que a região oferece "condições bastante hostis de contenção" e que não há logística necessária caso ocorra um acidente
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O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou nesta quinta-feira, 18, que os riscos da exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas é mais alto que em outras regiões onde a Petrobras já extrai o produto. "É situação de alto risco. Lá não é mesma situação das bacias de Campos e de Santos", afirmou Agostinho em entrevista à GloboNews, acrescentando que as correntes na região são mais fortes e que isso precisa ser levado em consideração na possibilidade de um vazamento de petróleo.
Segundo ele, a região oferece "condições bastante hostis de contenção". "Do ponto em terra até o local de exploração são 40 horas de viagem com embarcação. A gente entende que não foi demonstrado viabilidade e logística para atender um eventual acidente", acrescentou, referindo-se aos planos apresentados pela Petrobras para explorar petróleo no Rio Amazonas. "Não foi demonstrada logística para atender um eventual acidente", afirmou.
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Agostinho disse que o Ibama "não faz política energética" nem decide onde investir. Afirmou também que as decisões do órgão são baseadas em fatores técnicos e que o Ibama não trabalha sob pressão.
O presidente do Ibama negou nesta quarta-feira, 17, pedido da Petrobras para explorar petróleo na foz do Rio Amazonas. Como revelou o Estadão/Broadcast, a questão virou um cabo de guerra entre os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.