Servidores veem mudanças insuficientes no projeto do IPE Saúde
Plenárias para abordar defesa do instituto pelo interior do RS contam com movimento que reúne mais de 15 sindicatos
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O governo tentou melhorar, mas foi "insuficiente". Essa é avaliação da presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Schürer, sobre o projeto do IPE Saúde, apresentado pelo governador Eduardo Leite (PSDB), na noite de terça-feira. "Mesmo o governo tendo posto a trava de 12% dos salários, devemos lembrar que em oito anos os funcionários tiveram 6% de reajuste. Continua sendo muito pesado para que possam assumir esse custo", afirmou Helenir, que esteve nesta quarta-feira em São Gabriel, onde acompanhou uma das plenárias em defesa IPE Saúde e pela revisão dos salários pelo interior, promovida pelo movimento da Frente dos Servidores Públicos do RS (FSP), composto por mais de 15 sindicatos, entre eles o Cpers-Sindicato.
A falta de reajuste compatível com a inflação também foi mencionada pelo presidente do Sindicato da Polícia Penal do RS (Sindppen-RS) e um dos vices da Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do RS (Fessergs), Saulo Felipe Basso. "Nós somos contrários (ao projeto) porque entendemos que o governo não pode confundir plano com sistema de saúde", completou, defendendo que o IPE Saúde tem função semelhante ao SUS, não podendo ser equiparado a planos de saúde existentes no âmbito privado. Ele esteve com integrantes do Sindppen-RS, que também está no FSP, e aposentados em visitas realizadas nesta quarta-feira no gabinete de aproximadamente 20 deputados na Assembleia Legislativa, e definiu as mudanças no projeto como "muito pequenas".
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Além de São Gabriel, houve plenária de sindicalistas também em São Gabriel. Nesta semana, na quinta-feira os encontros seguem em Cruz Alta e Bagé e, na sexta-feira, está prevista reunião em Soledade. As plenárias, encabeçadas pelo Cpers-Sindicato, passarão pelas 42 regionais. "O objetivo é esclarecer não somente os servidores públicos, mas a comunidade em geral, o quanto essa proposta do governo nos preocupa quanto à manutenção do IPE Sáude", diz Helenir. Para ela, apesar das mudanças, a aprovação do projeto pode resultar na saída de muitos dependentes, engrossando as filas do SUS. "É claro que o governador do Estado ficará responsável também pelo colapso que isso vai causar."