Com tornozeleira eletrônica, ex-ministro Anderson Torres volta para casa depois de deixar prisão
Torres chegou com os advogados; preso desde 14/1 por omissão nos atos extremistas, ele recebeu liberdade provisória nesta quinta
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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres voltou para casa, em um condomínio fechado em um bairro nobre de Brasília, na noite desta quinta-feira, onde cumprirá prisão domiciliar. Acompanhado dos advogados, ele estava de tornozeleira eletrônica, uma das condições para a liberdade provisória concedida horas antes pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Além do uso de tornozeleira eletrônica, o ministro determinou a suspensão do porte de arma de fogo e proibiu a saída de Torres do Brasil. O ex-ministro também não pode usar redes sociais nem manter contato com outros investigados no inquérito sobre o 8 de Janeiro. Ele deve ainda, permanecer afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.
Torres chegou a casa depois de deixar o 4º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal, onde estava preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão em relação aos atos extremistas de 8 de janeiro, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Investigações
No primeiro depoimento à Polícia Federal, em 18 de janeiro, Anderson Torres permaneceu calado. Em 3 de fevereiro, ele aceitou depor e falou por cerca de dez horas sobre os atos de extremismo em Brasília e afirmou que houve "falha grave" na atuação da Polícia Militar do DF naquele dia.
Além da omissão em 8 de janeiro, Torres é alvo de uma investigação da Polícia Federal que apura se ele interferiu na Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições do ano passado. No depoimento prestado sobre o caso, o ex-ministro negou interferência no órgão durante o período eleitoral.
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