Congresso do Equador aprova julgamento político do presidente Guillermo Lasso

Congresso do Equador aprova julgamento político do presidente Guillermo Lasso

Com 88 votos favoráveis dos 116 congressistas presentes, o Legislativo deu luz verde ao julgamento político do presidente direitista

AFP

Congresso do Equador aprova julgamento político do presidente Guillermo Lasso

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O Congresso do Equador, controlado pela oposição, decidiu julgar politicamente, nesta terça-feira, o presidente Guillermo Lasso por suspeita de corrupção, em sua segunda tentativa de depor o chefe de Estado em um ano.

Com 88 votos favoráveis dos 116 congressistas presentes, o Legislativo deu luz verde ao julgamento político do presidente direitista, a quem acusam de suposto peculato em um contrato para o transporte de petróleo.

Contra o julgamento, que ainda não tem data de início, votaram 23 deputados, enquanto cinco se abstiveram. No encerramento da sessão, que durou mais de cinco horas, houve aplausos, vaias e gritos de "fora Lasso" no plenário do Parlamento, que conta com 137 cadeiras. Mais cedo, o Ministério do Governo afirmou que o processo legislativo carecia de validade.

"Não é admissível que se queira violar o devido processo, ao submeter a julgamento político sem um relatório motivado", já que a comissão parlamentar de Fiscalização - responsável pelo processo - não pôde aprovar no sábado uma recomendação sobre se procedia ou não o julgamento contra o governante, apontou a pasta pelo Twitter.

Nas proximidades do Legislativo, um pequeno grupo de opositores ao governo exigia a destituição de Lasso, que assumiu em maio de 2021. Esta é a segunda vez que a Assembleia Nacional - onde a oposição é maioria, mas está dispersa - tenta remover o impopular governante do cargo.

No meio de violentos protestos indígenas pelo alto custo de vida em junho do ano passado, um grupo de deputados apresentou uma moção de destituição por grave comoção social, mas não obteve os votos necessários. Para depor um governante é necessária a vontade de 92 dos 137 legisladores, o que equivale a dois terços.

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