Bolsonaro nega adulteração e reitera que não tomou vacina contra a Covid-19

Bolsonaro nega adulteração e reitera que não tomou vacina contra a Covid-19

Ex-presidente teve casa como alvo de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quarta

Correio do Povo e AE

Bolsonaro nega adulteração e reitera que não tomou vacina contra a Covid-19

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Logo após a operação da Polícia Federal (PF), realizada em sua casa nesta quarta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre a situação. "Não existe adulteração. Não tomei vacina. Não tomei após ler a bula da vacina", ao se referir ao imunizante contra a Covid-19. A ofensiva de hoje investiga uma suposta fraude em dados de vacinação. 

O ex-mandatário brasileiro comentou ainda que teve o celular levado e deixou claro que não tem nada a esconder. "Celular foi levado. Não tenho nada a esconder sobre nada. Meu telefone não tem senha", disse. "Fico surpreso com a busca e apreensão na casa do ex-presidente para criar um fato", acrescentou. 

Bolsonaro ainda falou sobre a imunização da esposa Michelle Bolsonaro. "Foi tirado uma cópia do cartão de vacina dela. Ela foi vacinada nos Estados Unidos", resumiu. 

O ex-presidente ressaltou que a sua filha, Laura Bolsonaro, não tomou vacina, apesar de a PF ter identificado vacinação e agora investiga a possibilidade de fraude no documento. "Em momento nenhum falei que tomei a vacina, e não tomei", seguiu, em linha com a campanha antivacina contra a Covid-19 feita ao longo de seu governo. "Que bom se estivéssemos em um país democrático para discutir todos os assuntos. Tem assunto proibido no Brasil e um deles é vacina", reclamou.

Investigação 

Na operação de hoje, a PF investiga uma associação criminosa que inseria dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. Entre os presos na ação estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, e os ex-assessores especiais do ex-presidente Sérgio Cordeiro e Max Guilherme.

Ao todo, os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Segundo a PF, as inserções falsas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, no caso, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

Com isso, os criminosos puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (de Brasil e Estados Unidos), que visavam impedir a propagação de doença.

 

 

 

 

 

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