Randolfe muda de bloco e garante mais uma vaga na CPMI para o governo
O partido Rede deixa o bloco Democracia para se juntar ao núcleo do PT e tirar uma das vagas da oposição
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Para esvaziar o número de representantes da oposição na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigará os atos extremistas do 8 de Janeiro, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), migrou de bloco e conseguiu garantir mais uma cadeira para o governo no comitê.
O partido Rede fazia parte do Bloco Democracia, que também contava com o PSDB, Podemos, MDB, União e PDT. Agora, passa a integrar o Bloco Resistência Democrática, incluindo o PT, PSB e PSD. Nesta nova configuração, tanto o Bloco Democracia quanto o Resistência Democrática garantem, cada um, seis vagas na CPMI. Os dois grupos formam a base do governo no Senado.
As outras quatro cadeiras restantes ficam distribuídas entre os blocos Aliança (PP e Republicanos) e Vanguarda (PL e Novo) com duas indicações, cada. Antes da mudança de Randolfe, o grupo da oposição tinha três vagas.
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Randolfe confirmou que esta mudança é uma estratégia para garantir 12 vagas para o governo. Disse, ainda, que pretende compor os trabalhos. “Eu não poderia ficar de fora”, afirmou. Nos bastidores, a nova configuração desagradou a oposição, que levantou a possibilidade de obstruir o início dos trabalhos. Sem indicação de membros, por exemplo, não há a instalação da CPMI.
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse, antes da abertura da sessão conjunta desta quarta-feira (26), que a pretensão era ler o requerimento da CPMI no início da reunião. Questionado sobre a abertura da comissão, Pacheco respondeu que a expectativa é instalar na semana que vem.