Sem agenda de Lula na China, governo pode antecipar anúncio das novas regras fiscais, diz Padilha
Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais levantou a possibilidade em função do adiamento da viagem de Lula à China
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O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou na noite deste sábado (25) que o governo pode antecipar o anúncio das novas regras fiscais. A possibilidade foi levantada em função do adiamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China.
O embarque de Lula estava previsto para este domingo (26), mas foi cancelado por orientação médica, já que o presidente está com pneumonia. Uma nova data ainda não foi confirmada.
"Eu não vou definir data, mas esse debate está sendo liderado pelo ministro Fernando Haddad. O adiamento da ida à China permite que, durante esta semana, o ministro Fernando Haddad se dedique a isso, junto com o presidente Lula", afirmou Padilha.
"Eu acho que o meu trabalho é alimentar esse ambiente extremente positivo que eu vejo no Congresso Nacional. Chegando o marco fiscal ao Congresso Nacional, que ele seja debatido, não só com os partidos da base, mas também partidos que se declaram de oposição com muita boa vontade de discutir o marco fiscal", acrescentou.
No início desta semana, o R7 informou que a proposta da nova regra fiscal está pronta, mas a divulgação sofreu um atraso por causa das divergências dentro da própria equipe do governo federal e do PT. O presidente Lula pediu ao ministro Haddad uma apresentação prévia do texto a líderes no Congresso e a economistas como forma de garantir um alinhamento para que as regras não enfrentem resistência.
O chamado novo arcabouço fiscal (as regras de gastos públicos que vão substituir o teto de gastos em vigor desde o governo do ex-presidente Michel Temer) foi explicado a Lula no último dia 17.
Presidente em recuperação
A afirmação deAlexandre Padilha foi dada em frente ao Palácio da Alvorada, antes de entrar na residência oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se recupera da pneumonia que adiou a viagem ao país asiático.
"O presidente está evoluindo muito bem do ponto de vista clínico, com resultados dos exames cada vez melhores. Está muito bem. A decisão de não realizar a viagem foi por orientação médica, para que ele possa se reestabelecer melhor, ter mais tranquilidade, mais tempo de repouso", afirmou Padilha.
"Eu sou ministro e médico. Vou reforçar a defesa de que ele possa ficar o maior tempo de repouso, possa participar das reuniões ou fazer reuniões aqui mesmo (no Palácio da Alvorada) nesses próximos dias", acrescentou.