Setor de máquinas evidencia setor primário em plena transformação

Setor de máquinas evidencia setor primário em plena transformação

Produtos trazem alta automação, precisão e geração de dados próprios para subsidiar ampliação da produção nacional de grãos

Thaise Teixeira

Produtos trazem alta automação, precisão e geração de dados próprios para subsidiar ampliação da produção nacional de grãos

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A 35ª edição do Show Rural Coopavel, que começou ontem e vai até a próxima sexta-feira, dia 10, em Cascavel (PR), traz um setor em completa transformação. Após dois anos de pandemia e de uma edição ainda realizada sob restrições de circulação devido à Covide-19, a exposição reflete a necessidade de intensificar e tecnificar rapidamente a produção agrícola brasileira. E as soluções em automação e em inovação, disponibilizadas gratuitamente ao produtor rural nos 720 mil metros quadrados do Parque Tecnológico da Coopavel, trazem a necessidade de investimento em tecnologia de precisão aliada à gestão de longo prazo, especialmente evidenciada nas gigantes do segmento de máquinas e implementos agrícolas. 

Conforme o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão, o movimento, deve-se à necessidade de o Brasil ampliar a produção de alimentos em 40% nos próximos dez anos, já divulgada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e pelo próprio Ministério da Agricultura (Mapa). “A ONU conta muito com o Brasil para alimentar o mundo. E isso é coisa para acontecer em dez anos. Por isso, o produtor precisa de planejamento”, assegura.

Estevão, que esteve no Show Rural Coopavel ontem, destaca os equipamentos conectados à internet voltados para geração de insumos primordiais à tomada de decisões. Alguns, inclusive, com os próprios algoritmos, capazes de gerar as próprias decisões. “A feira é geradora de negócios, mas, como uma das mais importantes do Brasil, tem o objetivo de mostrar ao agricultor o rumo da alta tecnificação, mesmo que ele adquira os produtos em outros momentos”, afirma. Na base da pirâmide, estão máquinas e implementos capazes de reduzir o uso de insumos, aumentar a produtividade e melhorar o meio ambiente.  “Você importa tecnologia de outros setores e do mundo inteiro. Tudo muda muito rápido”, comenta. A expectativa de boa safra de grãos ao Paraná e de, consequentemente, renda no bolso do agricultor local, anima os fabricantes. “Isso significa mais recursos no bolso do produtor”, garante.


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