Após neblina, dia de sol atrai visitantes para a Expointer

A neblina esvaiu-se por volta das 9h desta quarta-feira (30) e deu lugar à fumaça das churrasqueiras na 46ª Expointer, já em plena atividade, com o movimento no parque a todo vapor. A feira já acumula 312.942 visitantes este ano, entre o sábado e terça-feira. Apenas na terça, foram 57.656. 

Entre as boinas e bombachas, um chapéu de couro chama atenção. É parecido aqueles que Luiz Gonzaga tinha. “Esse é sobrinho do Luiz”, brinca o amigo que está acompanhando Antônio Fco, cearense de Fortaleza, de 68 anos. 

Músico e produtor de soja em 100 hectares no município de Boa Hora, no Piauí, Fco vem ao Rio Grande do Sul todos os anos, desde 1993, para participar da Expointer e se atualizar sobre novas máquinas e equipamentos. “A feira está muito organizada, com coisas novas a cada ano”, relata. Este ano ele tem uma procura específica: uma colheitadeira de soja voltada para pequenos produtores. “Normalmente a produção dessas máquinas está direcionada para o grande produtor, então não é fácil de achar. Espero encontrar aqui porque é onde existem as grandes empresas de máquinas e equipamentos”, afirma.

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A feira não só recebe visitantes de outros estados, mas também de outros países. A expositora do Pavilhão da Agricultura Familiar Fabiana Cardoso, da agroindústria Nossa Versão, em Gramado, relata, entusiasmada, a oportunidade que a Expointer trouxe de conhecer um australiano. “Muito bom atender”, afirmou. Há quatro anos participando da feira, ela comercializa patês de vegetais e diz que o movimento está bom, apesar de estar menor que o do ano passado. 

Por outro lado, Jair Mota, aposentado de 62 anos de Novo Hamburgo, observa que há grande movimentação. Ele não tem comparativo com o ano passado, já que esta é sua primeira visita ao parque em quatro anos. O incentivo de Mota para visitar a feira é ter iniciado uma criação de abelhas em sua casa. Por isso mesmo que seu primeiro ponto de visitação foi o espaço da Emater.