Elegância de quem entende a tradição gaúcha desfila na Expointer 2023
Marlon Tadeu Amaral Soares, destacou-se na manhã de domingo pela indumentária caprichada e o orgulho missioneiro
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Na manhã ensolarada de domingo na Expointer, uma figura imponente se destacava em meio à multidão. Pilchado como manda o figurino, o homem ostentava pilcha caprichada, em azul cobalto, rastra na cintura e lenço no pescoço, e diversos acessórios com a cruz missioneira e Nossa Senhora Aparecida. “Muito prazer, sou o Marlon Tadeu Amaral Soares, índio velho criado no tempo certo e desmamado na tabuleta”, apresentou-se ao ser abordado pelo Correio do Povo. Professor de dança, Soares está na feira em Esteio com o Grupo de Arte e Cultura Amigos do Chimarrão, de São Leopoldo.
Cruz-altense de nascimento, ex-jogador de futebol profissional, atualmente peleia entre os veteranos e integra outras entidades gauchescas e CTGs. Perguntado sobre o significado de tantas cruzes missioneiras adornando a farda, explicou-se: “Quem tem a cruz missioneira plantada dentro do peito, tem dois braços pelo esquerdo e dois braços pelo direto, ama sempre em dose dupla e exige duplo respeito. Assim ensino a meus filhos, porque aprendi desse jeito”, declamou.
A chamada cruz missioneira é a Cruz da Caravaca, originada nos anos de 1230 na Espanha e trazida pelos jesuítas ao Rio Grande do Sul.
Fotos: Maria Eduarda Fortes
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