Coelhos e chinchilas buscam ampliar espaço no mundo dos pets

O mundo pet da Expointer não tem latidos nem miados. No Pavilhão dos Pequenos Animais, apenas guinchos e chiados de coelhos e chinchilas arrancam suspiros de adultos e, principalmente, crianças. Nesta edição da feira, 233 coelhos e 79 chinchilas serão os donos do pedaço, acompanhados ainda por 115 caprinos, que ocuparam o espaço deixado por pássaros e aves, que ficaram de fora como medida preventiva em razão da gripe aviária. “As crianças gostam muito dos pequenos animais e normalmente é o pavilhão mais visitado da Expointer”, diz Pablo Charão, comissário da feira. 

“Qualquer uma das raças de coelhos serve como pet para ter em apartamento, é facilmente adestrável, são quietos, amigáveis, iguais a gatos e cachorros quando adotados pela família”, afirma o presidente da Federação das Associações Riograndense de Criadores de Coelhos (Farco), Sílvio Ouriques. Os coelhos serão representados por nove expositores e 25 raças. A menor delas é a Netherland, originária da Holanda, com animais pensado em torno de 1kg. A maior raça é o Gigante de Flanders, originário da Bélgica, com média entre 6,5kg e 7kg, podendo alcançar os 10kg.

A entrada dos coelhos no Parque de Exposições Assis Brasil ocorre até esta quinta-feira (24), e os julgamentos serão na sexta-feira (25). “Depois da inspeção veterinária, os animais passarão por duas zootecnistas, que vão avaliar a morfologia, para entrar em julgamento. Depois, três jurados farão a avaliação em cinco diferentes categorias (mini, gigante, carne, pele e fantasia)”, afirma Ouriques, criador na Cabanha Alemax, em Águas Claras, Viamão. O presidente da Farco vai expor 29 coelhos das raças Hermelin, Netherland, Mini Lop, Nova Zelândia Branco e Nova Zelândia Vermelho, além de chinchilas. 

O comércio dos animais tem preços variados. Os filhotes Gigantes e Netherland custam em torno de R$ 300, enquanto outras raças ficam em cerca de R$ 200. Os Gigantes e Netherland adultos têm valor médio de R$ 400, e as outras raças em torno de R$ 300. “Cada expositor define o preço a partir de uma tabela com os preços mínimos”, explica Ouriques.

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Em número menor, as chinchilas terão um grupo de 79 animais de três raças. “Toda a criação de chinchilas agora é voltada para o mercado pet, que cresce a cada ano. Todas as que levamos, normalmente, são comercializadas”, afirma o veterinário e criador Rogério Oliveira, diretor técnico da Associação Sul Brasileira dos Criadores de Chinchila Lanígera (Asbrachila). Segundo Oliveira, as chinchilas são consideradas um dos melhores mascotes para se ter em casa, pois têm baixo custo, não têm cheiro, não precisam de vacinas e têm vida longa. Ele vai apresentar 50 animais da criação que mantém em Viamão, das raças padrão, standard, cinza e colorida. Uma chinchila adulta pesa, em média, 500 gramas e custa em torno de R$ 400.

Os 115 caprinos inscritos para o pavilhão são das raças Anglonubiana, Boer, Kalahari e Savana, essa última participando pela primeira vez da Expointer.