Indústria comemora, apesar de alta nos custos e estiagem

Indústria comemora, apesar de alta nos custos e estiagem

A avaliação é que a feira foi de boas prospecções de negócios

Felipe Faleiro

publicidade

Os juros mais altos, a estiagem severa e o encarecimento do aço têm preocupado as empresas de silos e equipamentos de armazenagem de grãos que estiveram na Expodireto Cotrijal. Mesmo assim, a avaliação é que a feira foi de boas prospecções de negócios. 

A armazenagem de grãos vinha sendo financiada pelo Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com taxas prefixadas de 5,5% ao ano para a construção de silos com capacidade de até 6 mil toneladas, e 7% ao ano para os demais empreendimentos. O prazo de pagamento era de até 12 anos. “Quando o Plano Safra deste exercício foi aberto, havia projetos represados que foram priorizados e não houve recursos para os demais”, ressaltou o supervisor de vendas da Silos Condor, Geovan Carlos Pohl. 

A alternativa tem sido os financiamentos dos bancos parceiros das marcas, mas o juro é maior, entre 10,5% a 17%, e o pagamento é em um prazo menor, de até oito anos. O gerente comercial da Comil, Nestor Simoni, observa que há um déficit de armazenagem no Brasil. “O país produz mais do que consegue guardar”, diz ele, para quem, além do juro alto, também a frustração de safra, em razão da estiagem enfrentada pelo Rio Grande do Sul, é um complicador. As empresas também reclamam que o aço, matéria-prima dos silos, cujo preço em 2019 era de cerca de R$ 3,70 o quilo, saltou para R$ 13,00 no final de 2021, e agora reduziu para R$ 9,60, em média. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895