Namíbia e Azerbaijão têm interesse em ampliar a compra de produtos brasileiros

Namíbia e Azerbaijão têm interesse em ampliar a compra de produtos brasileiros

Os embaixadores dos dois países estiveram pela primeira vez na Expodireto

Taís Teixeira

Embaixador da Namíbia (à esquerda) com sua comitiva

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A área internacional da Expodireto Cotrijal 2022 reuniu representantes de 61 países na edição deste ano. Dois países estrearam na feira: a Namíbia, país da África, e o Azerbaijão, situado no encontro entre Ásia Central, Europa e Oriente Médio.

A Namíbia já tem negócios com o Brasil, importando carne bovina, de aves e máquinas agrícolas. O embaixador do país, Mbapeua Muvangua, disse, bem humorado, que só não veio antes ao Rio Grande do Sul e à Expodireto porque não foi convidado. “Estou gostando muito da feira, das pessoas e do que estou vendo aqui”, comenta. Entre os objetivos da visita está a ampliação das relações comerciais entre os dois países, especialmente no que toca à ocupação das áreas agrícolas africanas. "O Brasil é uma referência no mundo em agronegócio e queremos que as empresas de máquinas instalem plantas industriais no país e também produzam nas nossas terras”, especifica. Muvangua acrescenta que gostou muito da parte de melhoramento genético de sementes e ressaltou que volta com negócios encaminhados.

O Azerbaijão é um país que tem cerca de 10,11 milhões de habitantes. As suas principais atividades econômicas são o petróleo e gás natural, fertilizantes e o cultivo de algodão. O embaixador Elkhan Polukhov enfatiza que o Brasil é destaque mundial na agricultura, em especial na produção de alimentos. Esse foi o motivo que o atraiu para conhecer a Expodireto.

“A situação é crítica em função do que está acontecendo entre a Rússia e Ucrânia, porque são dois países com relevância no fornecimento de produtos e na atuação de transações comerciais, o que nos leva a diversificar e buscar novos parceiros”, esclarece. Polukhov disse que já importa muitos produtos brasileiros, como carne vermelha, açúcar e feijão, mas que também tem interesse na técnica de plantio direto. “O Brasil tem know-how nessa tecnologia e queremos conhecer o trabalho da Embrapa".

Hoje, o Azerbaijão compra  200 milhões de dólares em produtos do Brasil e vende 56 milhões de dólares  em fertilizantes. Essa é uma balança comercial favorável ao Brasil, mas que o Azerbaijão deseja equilibrar. O embaixador volta com, pelo menos, três contratos iniciados na feira, que devem ter continuidade. 


Correio do Povo
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