Secretaria da agricultura segue busca pela origem da doença de Aujeszky

Secretaria da agricultura segue busca pela origem da doença de Aujeszky

Reunião com órgão federal deve ocorrer na próxima quinta-feira (5).

Lucas Keske*

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A Secretaria da Agricultura (SEAPDR) solicitará ao Ministério da Agricultura (Mapa) a realização do sequenciamento genético da cepa do vírus encontrado no leitão que testou positivo para a Doença de Aujeszky, em São Gabriel. O encontro ocorrerá na próxima quinta-feira e deve contar com representantes do Mapa e da Superintendência Federal da Agricultura no RS (SFA/RS). 

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, o sequenciamento genético permitirá ao Estado detectar se a cepa foi trazida de fora ou se tem origem conhecida. No caso de essa cepa não ser semelhante às já conhecidas, “é bem possível que não se consiga ter total certeza sobre a origem do vírus'', afirma a diretora, que acompanhou a realização do trabalho do Serviço Veterinário Oficial a campo. 

Até ontem, a SEAPDR contabilizava 120 visitas realizadas para coleta de material e orientação técnica às propriedades localizadas no raio de 5 km a partir do foco. De acordo com Rosane, até agora, nenhuma das sorologias com análise laboratorial concluída testaram positivo para a enfermidade. “As ações realizadas estão de acordo com o preconizado no Plano Nacional de Sanidade Suídea”, esclarece.

Entenda o caso

Após quase 20 anos sem detectar a Doença de Aujeszky, o Rio Grande do Sul novamente registrou a enfermidade. O foco foi identificado em uma criação de suínos de subsistência, localizada em São Gabriel. A confirmação chegou no dia 23, quando o Laboratório Nacional de Defesa Agropecuária, de Minas Gerais (LDDV-MG) constatou a doença em um dos 46 exemplares do plantel.

Após receber o laudo, as equipes do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da SEAPDR e da Superintendência Federal da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS) isolaram a propriedade e realizaram o sacrifício sanitário dos animais. 

Na sequência, os trabalhos se concentram no rastreamento epidemiológico em propriedades que enviaram ou receberam suínos da propriedade até 30 dias antes da manifestação dos sinais clínicos. Também está sendo realizada uma força-tarefa para percorrer todas as criações localizadas num raio de 5km a partir do foco para coleta de sangue de outros suínos. A Secretaria pretende visitar 186 propriedades até o fim desta semana.

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*Sob orientação de Nereida Vergara.


Correio do Povo
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