Clima deve impactar safra de olivas em 2024

Clima deve impactar safra de olivas em 2024

Produção do Rio Grande do Sul deve ficar abaixo dos 580 mil litros de azeite produzidos em 2023

Correio do Povo

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As condições climáticas desfavoráveis verificadas no inverno e na primavera deste ano deverão impactar a produtividade da olivicultura no Estado. A expectativa é que a safra das oliveiras, que começa em fevereiro de 2024, fique abaixo do desempenho alcançado neste ano, quando foram produzidos 580 mil litros de azeite no Estado, de acordo com representantes do setor.

As perspectivas para a próxima safra foram abordadas em reunião da Câmara Setorial da Olivicultura na quarta-feira (8), como parte da programação do 28º Congresso Brasileiro de Fruticultura, em Pelotas. “Tivemos um inverno com uma das menores taxas de unidades de frio dos últimos anos. E também tivemos, em setembro, três ciclones, ventos fortes, e uma quantidade impressionante de chuva”, explicou o coordenador da Câmara Setorial, Paulo Lipp, de acordo com nota da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). “Em conversas com os produtores, nas perspectivas mais otimistas, estamos estimando uma redução de 30% na produção, em comparação com a safra de 2023”, disse o consultor em olivicultura Fabrício Carlotto.

Maior produtor brasileiro de olivas, o Rio Grande do Sul responde por 75,7% da área colhida no país. O Estado tem hoje uma área plantada de 5.631 hectares – dos quais 2.564 estão em formação e 3.067 já estão em produção. Na safra 2023, a produção gaúcha atingiu 6.064 toneladas, com um rendimento médio de 1.980 quilos por hectare, segundo a supervisora de informações agropecuárias do IBGE no Rio Grande do Sul, Fernanda Assaife de Mello, que apresentou, na reunião, dados do Levantamento Sistemático de Produção Agrícola referentes à safra 2023.

A Metade Sul do Estado concentra os municípios com maior produção de olivas, sendo Cachoeira do Sul, Encruzilhada do Sul e Dom Pedrito os três primeiros colocados. Viamão, na Região Metropolitana, está em quarto lugar. “Os produtores do município vêm pensando na produção de oliveiras consorciada com o agroturismo”, destacou Fernanda.

A pesquisadora Andréia Rotta de Oliveira, que coordena a área de pesquisa em olivicultura do DDPA/Seapi, abordou as pesquisas realizadas pelo departamento desde 2016 com foco em estratégias de desenvolvimento sustentável para a olivicultura gaúcha. Os estudos e experimentos incluem fertilidade dos solos e nutrição dos olivais; biologia floral, fenologia e exigência térmica de cultivares; identificação de fungos fitopatogênicos, identificação de cochonilhas e controle biológico; e a formação do Cadastro Olivícola, levantamento socioeconômico das propriedades e informações sobre os consumidores de azeite. “Algumas dessas pesquisas já têm resultados disponíveis: a Circular Técnica 13, sobre o Cadastro Olivícola, e a Circular 14, com a caracterização dos olivais do Rio Grande do Sul sob os aspectos socioeconômicos, fitossanitários, de nutrição e fertilidade dos solos”, disse Andréia.limáticas desfavoráveis verificadas no inverno e na primavera deste ano deverão impactar a produtividade da olivicultura no Estado. A expectativa é que a safra das oliveiras, que começa em fevereiro de 2024, fique abaixo do desempenho alcançado neste ano, quando foram produzidos 580 mil litros de azeite no Estado, de acordo com representantes do setor.

As perspectivas para a próxima safra foram abordadas em reunião da Câmara Setorial da Olivicultura na quarta-feira (8), como parte da programação do 28º Congresso Brasileiro de Fruticultura, em Pelotas. “Tivemos um inverno com uma das menores taxas de unidades de frio dos últimos anos. E também tivemos, em setembro, três ciclones, ventos fortes, e uma quantidade impressionante de chuva”, explicou o coordenador da Câmara Setorial, Paulo Lipp, de acordo com nota da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). “Em conversas com os produtores, nas perspectivas mais otimistas, estamos estimando uma redução de 30% na produção, em comparação com a safra de 2023”, disse o consultor em olivicultura Fabrício Carlotto.

Maior produtor brasileiro de olivas, o Rio Grande do Sul responde por 75,7% da área colhida no país. O Estado tem hoje uma área plantada de 5.631 hectares – dos quais 2.564 estão em formação e 3.067 já estão em produção. Na safra 2023, a produção gaúcha atingiu 6.064 toneladas, com um rendimento médio de 1.980 quilos por hectare, segundo a supervisora de informações agropecuárias do IBGE no Rio Grande do Sul, Fernanda Assaife de Mello, que apresentou, na reunião, dados do Levantamento Sistemático de Produção Agrícola referentes à safra 2023.

A Metade Sul do Estado concentra os municípios com maior produção de olivas, sendo Cachoeira do Sul, Encruzilhada do Sul e Dom Pedrito os três primeiros colocados. Viamão, na Região Metropolitana, está em quarto lugar. “Os produtores do município vêm pensando na produção de oliveiras consorciada com o agroturismo”, destacou Fernanda.

A pesquisadora Andréia Rotta de Oliveira, que coordena a área de pesquisa em olivicultura do DDPA/Seapi, abordou as pesquisas realizadas pelo departamento desde 2016 com foco em estratégias de desenvolvimento sustentável para a olivicultura gaúcha. Os estudos e experimentos incluem fertilidade dos solos e nutrição dos olivais; biologia floral, fenologia e exigência térmica de cultivares; identificação de fungos fitopatogênicos, identificação de cochonilhas e controle biológico; e a formação do Cadastro Olivícola, levantamento socioeconômico das propriedades e informações sobre os consumidores de azeite. “Algumas dessas pesquisas já têm resultados disponíveis: a Circular Técnica 13, sobre o Cadastro Olivícola, e a Circular 14, com a caracterização dos olivais do Rio Grande do Sul sob os aspectos socioeconômicos, fitossanitários, de nutrição e fertilidade dos solos”, disse Andréia.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895