Rural

Setor leiteiro pleiteia seguro rural

Pedido será encaminhado ao governo federal com vistas ao Plano Safra anunciado em junho

Representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados estiveram reunidos nesta sexta-feira (19/5) durante a 17ª Fenasul e 44ª Expoleite no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio
Representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados estiveram reunidos nesta sexta-feira (19/5) durante a 17ª Fenasul e 44ª Expoleite no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio Foto : Julia Chagas / Seapi / CP

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Rio Grande do Sul enviará um ofício para os ministérios da Agricultura (Mapa), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) com reivindicações do setor para o próximo Plano Safra. A decisão partiu de reunião realzalizada ontem, durante a Fenasul/Expoleite, que se realiza até domingo em Esteio. 

Uma das reivindicações é a a criação de uma modalidade de seguro para a atividade no âmbito do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e do Seguro Rural. “Hoje, não tem nenhum mitigador de risco para a produção de leite, nem seguro, nem Proagro”, afirma o coordenador da Câmara e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Zanetti.

Foto: Divulgação CNA / CP.

Outra reivindicação é o rebate de 30% no teto de renda permitido para enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “A renda bruta para o produtor de leite é de R$ 500 mil e, com este rebate, os que tem renda bruta um pouco acima deste valor poderiam se enquadrados”, explica.

A Câmara Setorial também enviará um documento para o Parlamento do Mercosul (Parlasul) para alertar sobre os prejuízos causados pelas importações uruguaias e argentinas à indústria láctea nacional. “No acumulado entre janeiro e abril, o leite em pó integral subiu de 9 mil quilos importados, em 2022, para 47 mil kg neste ano”, informa o Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS). De acordo com estudo apresentado pelo sindicato na reunião, a situação é favorecida pelos incentivos que os governos da Argentina e do Uruguai dão aos produtores. 

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