Inter: histórico de Mano indica cenário positivo no segundo ano de trabalho
Na maioria dos clubes onde passou, os frutos apareceram após a primeira temporada
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Em 2003, então no 15 de Novembro, de Campo Bom, Mano Menezes deu início a um trabalho que no ano seguinte ganharia notoriedade com uma campanha histórica na Copa do Brasil. De lá para cá, em mais de vinte anos de carreira, na maioria dos clubes onde passou, o treinador do Inter conseguiu implementar um modelo de time e também de gestão de vestiário. Nos principais casos, um fator em comum: os frutos começaram a ser colhidos na segunda temporada.
“Basicamente o raciocínio é esse: no segundo ano, depois de passar um período em que normalmente o principal é resolver problemas. E no caso do Inter, isso ficou bastante claro. Assumiu um time que não foi ele que montou, com uma série de defeitos e que ele, à sua maneira, foi resolvendo”, avalia André Kfouri, comentarista dos canais Disney. No Corinthians, Mano repetiu uma caminhada parecida à do rival do Inter. Em 2005, no Grêmio, após tirar o time da Série B, conquistou o Gauchão nos dois anos seguintes e levou o time à final da Libertadores, em 2007.
Um ano mais tarde faria o mesmo no time paulista para, em 2009 conquistar o título da Copa do Brasil e colocar de vez o seu nome no cenário nacional. Depois de passar sem o mesmo sucesso pela Seleção Brasileira, no Cruzeiro, Mano repetiu a fórmula. Assumiu em 2016, mas somente em 2017 e 2018 que conduziu a equipe ao bicampeonato da Copa do Brasil. No Inter de 2023 o desafio é reconduzir o clube ao caminho dos títulos.
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Do início em abril do ano passado, pelo menos até aqui, o percurso se assemelha a outras caminhadas de Mano. “No segundo ano, o trabalho pode ser melhor endereçado em relação aquilo que ele entende que o time tem que fazer com as capacidades do elenco”, completa Kfouri. Nesse aspecto, o treinador tem diante de si um vestiário que conhece bem.
O grupo é o mesmo do vice do Campeonato Brasileiro. Provavelmente por isso, o técnico foi sereno, mas enfático ao analisar a primeira vitória no Gauchão. “É óbvio que sabíamos que, em termos de ritmo e de competição, já estava na hora de o time voltar a trabalhar mais dentro da identidade que o time construiu. As equipes se constrói do seu jeito e a nossa se construiu assim”, disse Mano.